tag:blogger.com,1999:blog-39879546640027108242024-03-18T21:16:10.843-07:00Inteligência EmpresarialMarcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-66396743069809426082024-02-29T10:02:00.000-08:002024-02-29T10:02:24.496-08:00Inovadores (e cientistas): estes fora da lei...<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: right;"><b>Quando nasci, um anjo torto</b></div><div style="text-align: right;"><b>Desses que vivem na sombra, disse:</b></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: right;"><b>Vai, Carlos, ser gauche na vida</b></div></blockquote><p style="text-align: right;">(poema das setes faces - Carlos Drummond de Andrade)</p><p> </p><p>Quando era garoto eu era meio do contra: gostava muito de ler, ganhava medalha por bom comportamento no colégio, escrevia para o jornal do grêmio mas, ao mesmo tempo, gostava de jogar bola (era bom nisso) e pegar jacaré na praia. Em geral, quem era meio intelectual menosprezava os esportes e vice versa... </p><p>Fomos educados para seguir as leis, as normas e se adequar aos padrões. Quando resolvi ser cientista não foi para repetir o que os outros faziam, mas para descobrir coisas novas, fora das normas e dos padrões. Acho que esta é a essência de um inovador e de um cientista: ultrapassar a fronteira do conhecimento, caminhar por onde ninguém caminhou antes.</p><p>Neste sentido, todo inovador e cientista é um "fora da lei". Estas pessoas estão explorando mares nunca dantes navegados, onde ainda não existem leis. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhESWJRpmgquANv8L8XVYkxO1iNvtUKK36uu3zQ5CfIf0JaN8rMa_O7HA2dyzqRmr1F8lCIRA-fuvoYKzNsSZQm9bYGiundV1MeNt1LreIFgX4Z5aCwMErp0LN6-F-ylX3-9e-5t-Mwv538FwCIFGX3HpHfmiCBg7bp0KFVUOlaugxfZyIAYRqN_9eC4Zk/s231/Taprobana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="219" data-original-width="231" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhESWJRpmgquANv8L8XVYkxO1iNvtUKK36uu3zQ5CfIf0JaN8rMa_O7HA2dyzqRmr1F8lCIRA-fuvoYKzNsSZQm9bYGiundV1MeNt1LreIFgX4Z5aCwMErp0LN6-F-ylX3-9e-5t-Mwv538FwCIFGX3HpHfmiCBg7bp0KFVUOlaugxfZyIAYRqN_9eC4Zk/s1600/Taprobana.jpg" width="231" /></a></div><div style="text-align: center;">"Por mares nunca de antes navegados </div><div style="text-align: center;">Passaram ainda além da Taprobana*..."</div><div style="text-align: center;">(Os Lusíadas, Luis de Camões)</div><div><br /></div><div>Como os navegadores dos anos 1500, os cientistas e inovadores se arriscam para encontrarem <b>Taprobanas*</b>, explicações para os dilemas e problemas da humanidade. Os que não fazem isto, e não se arriscam, não deveriam se chamar inovadores (ou cientistas). Eles e elas são os/as fora da lei do bem...</div><div><br /></div><div>Infelizmente boa parte das pessoas que se auto intitulam como inovadores ou cientistas na verdade só fazem chover no molhado. Temos um ambiente que desestimula os inovadores (e cientistas). Estas pessoas precisam enfrentar uma burocracia sem sentido, feita para grandes empresas, enquanto os cientistas estão fissurados para escrever artigos repetitivos, mas de agrado dos que pensam como eles. Precisamos romper isto. Criar um ambiente que estimule os inovadores e os cientistas a desbravarem estes mares inexplorados, com os riscos inerentes a esta empreitada. </div><div><br /></div><div>Caríssim@s colegas, sigamos o conselho do poeta português Fernando Teixeira de Andrade:<p class="frase fr0" itemprop="description" style="box-sizing: border-box; display: inline-block; line-height: 1.4; margin: 0px; padding: 15px 20px 5px 35px; position: relative; width: 651.062px;">Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmo.</p></div><div><p>Ousemos fazer a travessia do desconhecido. Vamos abandonar esta fissura em publicar papers que ninguém lê e encontrar outras métricas para aferir a produtividade das pessoas. Se não fizermos isto, corremos sério risco de deixarmos de ser necessários para a humanidade. </p><p>Simples assim.</p><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">PS: <span style="background-color: white; color: #4d5156;">Taprobana ficou famosa por ter sido utizada por Camões na primeira estrofe de “Os Lusíadas”. Na época era um lugar mitico, quase desconhecido, e que simbolizava a coragem e empreendedorismo dos que se arriscavam a ir até lá. Na verdade é o nome antigo do Sri Lanka, um país-ilha ao sul da Índia que foi colônia portuguêsa por 150 anos.</span></span></div></div><div><span style="background-color: white; color: #4d5156; font-family: "Google Sans", arial, sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-33581635318751969732022-07-18T08:59:00.007-07:002022-07-18T09:17:39.198-07:00O cordão dos PUXA SACO<div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial; font-size: small;">“Lá vem / O cordão dos puxa-saco </span></div><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: right;">Dando viva aos seus maiorais </div></span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: right;">Quem está na frente é passado para trás </div></span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: right;">E o cordão dos puxa-saco / Cada vez aumenta mais...”</div></span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: right;">(Marchinha de Carnaval
de Roberto Martins e Frazão) </div></span></div><p style="text-align: right;"><span style="background-color: white; color: #403e3b; font-family: arial;"><br /></span></p><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="background-color: white; color: #403e3b; font-family: arial; font-size: small;">“Idolatria é tudo que escraviza o ser humano. </span></div><span style="background-color: white; color: #403e3b;"><div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: small;">Paixão desenfreada por dinheiro, time de futebol, partido político, políticos de carne e osso, jogo, bebida alcoólica, cigarro, religião, etc. A lista de itens escravizadores do ser humano é imensa. </span></div></span><span style="background-color: white; color: #403e3b;"><div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: small;">Todos exigem do escravizado tempo, dedicação e quase sempre dinheiro…” </span></div></span><span lang="PT-BR" style="background: white; color: #403e3b;"><div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: small;">(autoria desconhecida)</span></div></span></div><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span lang="PT-BR" style="color: #444444;"></span></p><div style="text-align: right;"><span style="background-color: transparent; color: #222222; font-size: 14pt;"> </span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Os mitos e gurus não existiriam sem seus fanáticos adoradores. Sem o cordão de puxa sacos que seguem seus "líderes" como os ratos seguiam o flautista de Hamelin, eles simplesmente desapareceriam. </span><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: arial;">Estudos recentes, notadamente de uma psicóloga dinamarquesa, confirmam este fato. </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: left;"><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: arial;">Mas antes de falar deste estudo, vamos deixar claro sobre quem estamos falando.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8HFaD8m1Kq700JXK604H_s-ppFnwUdzfBJMYqGMwz372Gn68mRJTyk5AHsP3DJYz_Rb99mYJ673mRr8mHhWsxY01zaD030J-ZQSY85dvt-cSOQ3apVj7Wfjxa1BFvlnlJkhjHrbQ2-Qws11hECBuYLK1pneaYKvdkjTTsu-0i5CtxeQpz8gaUrcUE/s1080/mitos%20e%20os%20puxa%20saco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="1080" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8HFaD8m1Kq700JXK604H_s-ppFnwUdzfBJMYqGMwz372Gn68mRJTyk5AHsP3DJYz_Rb99mYJ673mRr8mHhWsxY01zaD030J-ZQSY85dvt-cSOQ3apVj7Wfjxa1BFvlnlJkhjHrbQ2-Qws11hECBuYLK1pneaYKvdkjTTsu-0i5CtxeQpz8gaUrcUE/w494-h188/mitos%20e%20os%20puxa%20saco.png" width="494" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: rgb(248, 249, 250); line-height: normal; margin-bottom: 0in; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;"><span lang="PT" style="color: #202124;"><span style="font-family: arial;">Muita gente se pergunta o que leva as pessoas poderosas a ultrapassarem os limites éticos e legais e cometerem crimes.</span><span style="font-family: arial;"> </span><span style="font-family: arial;">No nosso imaginário,
quando ouvimos falar de “pessoas poderosas” pensamos logo em políticos,
banqueiros e grandes industriais, mas os grandes poderosos neste início de
século XXI são as empresas de tecnologia.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: rgb(248, 249, 250); line-height: normal; margin-bottom: 0in; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;"><span lang="PT" style="background-color: transparent; color: #202124; font-family: arial;">No Brasil
temos a idolatria dos políticos, que nos faz “esquecer” os crimes que cometeram.
O que ainda não percebemos é que existe também uma "idolatria da
tecnologia" que nos leva a ter a </span><span lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: arial;">noção equivocada
de que pessoas (geralmente homens) de grandes realizações (geralmente em
tecnologia) não devem ser criticadas, não estão sujeitas a um código de ética e
estão acima da lei. Isso é ruim para a sociedade e para os próprios inovadores
pois as restrições e dificuldades são essenciais para que a inovação aconteça. A
resistência constrói a força, e um ambiente que recompense o talento e não o clientelismo
ou o corporativismo é essencial para um país reduzir desigualdades e promover um
progresso econômico e social. Afinal, os seres humanos funcionam mal na
ausência de limites, estruturas e desafios.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;"><span lang="PT" style="color: #202124;">Mas voltando
a pergunta inicial, a psicóloga <a href="https://meretewedell.dk/">Merete Wedell-Wedellsborg</a>, que estuda
executivos poderosos, militares e juízes, descobriu que a ação (ou mais
frequentemente a inação) daqueles que cercam líderes poderosos é fundamental
para seu comportamento antiético. Os puxa-sacos que vicejam em volta destas
pessoas desenvolvem um ambiente viciado que provoca o "entorpecimento” das </span>pessoas em relação ao comportamento de
seus líderes, cujos sucessos passados justificam os abusos do presente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">A autora
mostra como estes transgressores promovem uma cultura que normaliza o anormal. </span>Pessoas poderosas normalmente têm um talento
descomunal para encontrarem uma narrativa não só para justificar seus erros como
para os transformar em acertos…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">Mas nada disso
seria possível sem o beneplácito da sociedade e das pessoas que os cercam. </span>Desenvolvemos toda uma mitologia em
torno de artistas e poderosos cujos excessos são considerados excentricidades e
não defeitos. Um político brasileiro falou que “<span lang="PT" style="color: #202124;">Uma
mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida, ela tem
que ser submissa a um parceiro porque ela gosta dele e quer viver junto com ele”</span>,
mas seus seguidores e boa parte da intelectualidade brasileira que o venera
ignora sua misoginia. <span lang="PT-BR">São incapazes de dizer o óbvio: “Não, esta é uma opinião machista”.
Ponto.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">O mito tecnológico<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">Mas o cordão dos puxa sacos aumentou, como na
marchinha de carnaval. </span>Agora não são só os políticos. Desde Bill
Gates e Steve Jobs que aceitamos o discurso de que um executivo de tecnologia é
um gênio. Os fanáticos seguidores da Apple, que fazem fila para comprar um novo
Iphone (que a cada ano muda o formato do carregador para poder vender mais) são um exemplo disto. Qualquer crítica ao líder ou ao produto, por mais justificada que seja, parece
uma crítica aos próprios seguidores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Tristan Harris e o <a href="https://www.humanetech.com/" target="_blank">Center for Humane Technology </a>têm chamado
a atenção para os perigos gerados pela tecnologia. Depois que Elon Musk anunciou
sua intenção de renegar sua obrigação contratual de comprar o Twitter por US$
44 bilhões, o que era para mim uma suposição se tornou uma certeza: considero Musk
a figura de proa de uma cultura empresarial que usa a tecnologia para explorar
a fraqueza humana em vez de capacitar pessoas. Ele é o retrato vivo de uma cultura de
gerenciamento tão egocêntrica que não respeita as pessoas que usam seus produtos e serviços, que não respeita as regras e as leis. </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;">Outros exemplos de executivos deste tipo são Travis
Kalanick, que construiu o Uber violando as leis de transporte e trabalho, e Zuckerberg,
que mantém sem controle social seu negócio
perigoso e destrutivo, que monetiza a depressão, o isolamento e a raiva das pessoas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Como todo mito ou guru, Elon, Zuckerberg,Travis e seus puxa sacos
precisam das críticas dos “infiéis” para justificar sua cultura agressiva. Na caso de Elon Musk, seu
amor declarado pela liberdade de expressão não tem nada a ver com direitos
civis, engajamento cívico ou comprometimento com a democracia. Suas razões para
abandonar o acordo com o Twitter foram descritas por observadores financeiros
como "risíveis", "absurdas" e "estúpidas". Elon não iria “consertar”
o Twitter assim como Trump sabia que não iria forçar o México a pagar pelo muro. Toda esta retórica era só um meio para mobilizar sua tropa de bajuladores.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;">Mas há uma lição para todos nós que estamos indignados com a
falta de indignação. Dar palco para Elon ou para um político que tem seguidores
fanáticos nas mídias digitais só alimenta aqueles que se sentem à vontade com
seu guru de estimação. Devemos parar de dar trela a estas pessoas não apenas na internet. Dentro das universidades, que supostamente
deveria ser um ambiente onde se analisaria este e outros fenômenos de maneira
aberta e crítica, encontramos este mesmo ambiente fechado e intolerante das mídias digitais. Na
prática é o mesmo tipo de intolerância tribal que serve aos interesses dos
poderosos, não dos impotentes, pois reúne “militantes fanáticos” e não pesquisadores
críticos. A intolerância deveria ser o alvo do progresso, não sua ferramenta.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">A tecnologia e a prosperidade econômica que ela gerou
são irreversíveis. O número de pessoas que a usa e dela se beneficia não para
de crescer. A profusão de gritos e discursos inflamados nas mídias digitais, 24
horas por dia, 7 dias por semana, tornou a torre da idolatria mais alta. Os
algoritmos que nos fecham em bolhas, onde todas as mensagens que recebemos e vemos
são de opiniões parecidas com as nossas tornou a animosidade maior ainda.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">O que fazer?<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Tudo indica que o tribunal de Delaware, onde Musk vai
ser julgado, vai puni-lo exemplarmente. O valor das ações do Twitter, sem Musk,
é de cerca de US$ 20 por ação. Pelo contrato que assinou com o Twitter ele deve
pagar U$ 54,20 por ação. O tribunal de lá costuma julgar sem se deixar influenciar
pela balbúrdia das mídias digitais e de seus fanáticos puxa sacos. O homem mais rico do mundo vai ter que pagar alguns bilhões de dólares para o Twitter.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">A punição de Elon Musk vai contribuir para quebrar o
mito de que a tecnologia e seus executivos podem tudo, mas isto é muito pouco.
A sociedade precisa se conscientizar dos males que a idolatria, qualquer uma (política,
religiosa, tecnológica) provoca. Até porque a idolatria e o fanatismo são uma
doença que nos faz muito mal.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Em psicologia, os fanáticos são descritos como
indivíduos excessivamente agressivos, preconceituosos, que possuem ódio, estreiteza
mental e extrema credulidade quanto a um determinado "sistema" ou
pessoa. A medicina já comprovou que todos estes sentimentos aumentam em nosso
organismo a produção de cortisol, o hormônio do estresse, que além de
prejudicar o bem-estar emocional, ainda atrapalha o sono, resulta em aumento de
peso e até mesmo problemas cardíacos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Precisamos <a href="https://www.humanetech.com/">criar um novo caminho para o desenvolvimento</a>
que: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -0.25in;"></p><ul style="text-align: left;"><li><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">seja centrado em valores humanos e projetado com consciência de que a
tecnologia nunca é neutra e é inevitavelmente moldada pelo ambiente
socioeconômico circundante;<o:p></o:p></span></span></li><li><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">seja sensível à natureza humana e não explore nossas vulnerabilidades
fisiológicas e psicológicas;<o:p></o:p></span></span></li><li><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">reduza as desigualdades, a ganância e o ódio;<o:p></o:p></span></span></li><li><span style="font-family: arial;"><span lang="PT-BR">ajude a construir uma realidade compartilhada em vez de nos dividir em
bolhas, com realidades fragmentadas.<o:p></o:p></span></span></li></ul><!--[if !supportLists]--><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;">Tudo isto parece utópico, mas a alternativa é um
caminho que nos levará para o totalitarismo e/ou a barbárie.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-family: arial;">Um outro mundo é possível.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">Com menos puxa sacos e idolatria e com uma tecnologia
mais humana.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial; font-size: large;"><b>Bora?</b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;"> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial;">PS: para saber mais sobre estes assuntos, acompanhe este blog e o <a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">site do Crie</a> (<a href="http://crie.ufrj.br" target="_blank">http://crie.ufrj.br</a>)</span></span></p>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-21003741315905600152022-02-16T06:21:00.003-08:002022-02-16T06:21:42.913-08:00A tragédia (anunciada) em Petrópolis<p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">4º episódio da série “A falência do modelo de Estado: sem mudar a topologia, nada muda!”</span></p><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Acabei de assistir a entrevista do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, o Coronel Leandro Monteiro, ao RJ-TV. Diante da tragédia que está sendo provocada por fortes chuvas, o Comandante só falou abobrinhas. Anunciou que vai ter uma "reunião" às 22h, disse que estava indo para lá e diante da pergunta sobre o que a população devia fazer só conseguiu dizer o óbvio: "Fiquem calmos...".</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">As chuvas neste periodo do ano não são exatamente uma surpresa. Um Estado que seja organizado para atender a população TEM que ter um plano de contingência pronto para o caso destas catástrofes naturais. O comandante devia saber de cor e salteado o que fazer e dizer nestas situações e não se limitar a pedir calma. O que eu esperava que ele dissesse é que "estamos colocando em marcha o Plano X", que prevê uma integração entre todos os hospitais e postos de saúde da região, que indicasse os locais (que precisam ser previamente definidos) seguros para a população se dirigir, que desse um número de telefone para as pessoas pedirem ajuda (e que deveria ter um número de atendentes reforçados nestes momentos)... Enfim, UM PLANO! Claro que cada caso é um caso, mas a Defesa Civil já tem mapeado as áreas de risco do Estado e pode (se é que não tem) definir um plano deste tipo. Se o plano existe, o Comandante do Corpo de Bombeiros o ignora, e como ele é o Chefe da Defesa Civil isto é muito grave. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjMpot146qH1E6IDiHWSE-0nGWF6EUQj7vmYsDTRAbda46JtVpcSbIw_Q9Ci3Um03XQwb_qR0IL3UJyo9KM8BNE6TAQ7uMLO3r8b-PARDz3B1LPMzLPRHQHDGMWZ9jafNApkoVe2GDXQWjK4RlrMuThspngANYq2nPtxXYFmid4GPo-CjrPmuxZDQY8=s275" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="182" data-original-width="275" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjMpot146qH1E6IDiHWSE-0nGWF6EUQj7vmYsDTRAbda46JtVpcSbIw_Q9Ci3Um03XQwb_qR0IL3UJyo9KM8BNE6TAQ7uMLO3r8b-PARDz3B1LPMzLPRHQHDGMWZ9jafNApkoVe2GDXQWjK4RlrMuThspngANYq2nPtxXYFmid4GPo-CjrPmuxZDQY8=w333-h220" width="333" /></a></div><br /><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O que está acontecendo AGORA, em Petrópolis é mais um retrato da falência do nosso modelo de Estado. Uma estrutura montada para prejudicar o cidadão e favorecer o grupo que está no poder. Precisamos urgentemente mudar a topologia do Estado Brasileiro. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Sem mudar a topologia, nada mudará de fato. </div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Precisamos de um Estado focado em ATENDER AO CIDADÃO e não ao poderoso de plantão. Enquanto não fizermos isto, vamos substituir os presidentes, governadores e prefeitos sem que nada mude, de fato. </div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Até a semana que vem!</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-74733294037024128252022-01-30T05:59:00.004-08:002022-01-30T05:59:50.699-08:00O Brasil investe pouco em educação?<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">3º episódio da série “A falência do modelo de Estado: sem mudar a topologia, nada muda!” </span></p><div class="bi6gxh9e" data-block="true" data-editor="cqkd8" data-offset-key="dnpra-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 8px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dnpra-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="dnpra-0-0" style="font-family: inherit;">
“Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.” Rubem Alves
Um dos poucos assuntos que é uma unanimidade no Brasil é a Educação (saúde também). Pergunte a qualquer pessoa: “Você acha que a Educação deveria ser uma prioridade nacional?” e veja a resposta. Garanto que 99% das pessoas vão responder “SIM!”. Enfaticamente.
No entanto, os resultados educacionais são muito ruins. Segundo Simon Schwartzman, “os dados do PISA, a pesquisa internacional da OECD sobre a qualidade da educação, mostravam que, dos 47% dos jovens de 15 anos que conseguiam chegar ao fim da escola fundamental ou início da média, 67% não tinham os conhecimentos mínimos de matemática esperados para a série, 18.8% não tinham a capacidade mínima de leitura, e 54% não dominavam os conceitos básicos de ciência. Os outros 53% tinham ficado para trás, ou desistido de estudar. Aos 18 anos, em 2012, somente 29% dos jovens haviam conseguido chegar ao último ano do ensino médio ou haviam entrado no ensino superior, e metade já havia deixado de estudar. Quem olha os dados vê a tragédia que está ocorrendo, mas a maioria da população, talvez por ter conhecido dias piores, não enxerga o problema”. (</span><span class="py34i1dx" style="color: var(--blue-link); font-family: inherit;">https://www.schwartzman.org.br/sitesimon/</span><span data-offset-key="dnpra-2-0" style="font-family: inherit;">)
Por que a educação brasileira é este desastre?
A resposta mais comum é: “falta dinheiro” ou “Investimos pouco".
Será?
No Brasil, o gasto público em educação como percentual do produto interno bruto (PIB) é de 6,3% (Fonte: MEC/Inep/DEED), maior do que a média dos países da OCDE (4,4%) ou mesmo de países como Suécia (5,8%), Bélgica (5,7%), Islândia (5,7%) e Finlândia (5,8%). O Brasil só fica abaixo da Noruega (7,2%). Portanto, não falta dinheiro nem investimos pouco em educação. O problema é outro. Não falta dinheiro nem investimento, mas investimos mal.
Proporcionalmente, gastamos muito mais do que deveríamos no ensino superior, em detrimento do ensino básico e fundamental. O gasto por aluno do Ensino Superior (R$ 28.640,00) é 3,8 vezes maior que o que gastamos com o aluno da Educação Básica (R$ 6.823,00) mesmo considerando que neste último caso existe o custo da merenda escolar. Nos países desenvolvidos da OCDE, o gasto com aluno do ensino superior é apenas 1,8 vezes maior que o gasto com alunos do ensino básico. Gastamos, portanto, mais do que o dobro dos países da OCDE com o ensino superior (em comparação com o ensino básico e fundamental). Vejam a tabela.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDowSBG0odH9bsk0mPyJnDllyIkDmHsfevYPkY51IZojJOq9XTZ_rlbYkqK4qFxZmWbDmPUuFx0XV71VyE45oN1mEjOqiGTrFj6TPR-O1HN0XBVN2he6AxFsADLSz0rN144Dncnhq-dNNNaJfD8I9HJljbM0bFCfqscPt6dI1HV9zW3JdST6iAM_7H=s668" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="668" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDowSBG0odH9bsk0mPyJnDllyIkDmHsfevYPkY51IZojJOq9XTZ_rlbYkqK4qFxZmWbDmPUuFx0XV71VyE45oN1mEjOqiGTrFj6TPR-O1HN0XBVN2he6AxFsADLSz0rN144Dncnhq-dNNNaJfD8I9HJljbM0bFCfqscPt6dI1HV9zW3JdST6iAM_7H=w500-h245" width="500" /></a></div><br />Outro paradoxo é que 80% dos alunos do ensino médio estudam em escolas públicas, mas apenas 36% destes alunos entram numa universidade (quando o aluno vem da rede privada este percentual mais do que dobra: 79,2%).
A sociedade investe (proporcionalmente) muito mais nos alunos de Ensino Superior e mais da metade destes alunos são oriundos da rede privada de ensino médio. Ou seja, alunos que pagavam o ensino médio vão estudar gratuitamente no ensino superior, que é muito mais caro.
Em resumo, o problema da educação brasileira não é “falta de verbas”, mas a necessidade de inverter nossas prioridades. A prioridade deve ser o ensino básico e fundamental (sem descuidar do Ensino Superior). Ponto.
Investimos, proporcionalmente, menos do que deveríamos no ensino básico e fundamental e, sobretudo, investimos mal. Não se trata apenas de melhorar o salário dos professores ou os prédios, mas sobretudo de criar uma plataforma, um ambiente, que permita a cada aluna(o) aprender no seu ritmo. Em colaboração com alunos e professores de qualquer lugar do Brasil e, porque não, do mundo. A criação deste ambiente, que conjuga o ensino físico com o virtual é hoje um dos focos de atuação do CRIE. Estou convencido que ele promoverá uma verdadeira revolução na educação, mas este é assunto para uma outra conversa...
O ponto chave aqui é termos um outro modelo de Educação, com foco no ensino básico e fundamento, acessível a todos os cidadãos. A topologia do Estado brasileiro está montada para funcionar de forma excludente. No caso da Educação, está montada para privilegiar as Universidades, que acabam sendo acessíveis a quem teve dinheiro para pagar um ensino básico e médio privado. Não adianta dar mais dinheiro para um modelo excludente e elitista. Nem achar que a política de cotas nas universidades vai resolver estes problemas. Sem mudar a topologia, nada muda de fato. Precisamos de um outro modelo educacional, não para ensinar as respostas, como disse Rubem Alves, mas para ensinar a fazer perguntas. A principal meta da educação, neste século XXI, é criar homens e mulheres que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens e mulheres criadores, inventores, descobridores, capazes de navegar por mares nunca dantes navegados.
Até a semana que vem!
PS: para acompanhar esta série de posts sobre a Topologia do Estado, siga o blog </span><span class="py34i1dx" style="color: var(--blue-link); font-family: inherit;">https://crie-inteligenciaempresarial.blogspot.com/</span></div></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-37885546597173730502022-01-24T05:05:00.000-08:002022-01-24T05:05:00.395-08:00BURROcracia<p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">"Burocracia é a arte de fazer o possível impossível..."</span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: arial;">3º episódio da série “A falência do modelo de Estado: sem mudar a topologia, nada muda!”</span></span></p><div class="" data-block="true" data-editor="83p40" data-offset-key="9gder-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9gder-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9gder-0-0" style="font-family: inherit;">
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença </span><span style="font-family: inherit;">penal</span><span data-offset-key="9gder-2-0" style="font-family: inherit;"> condenatória” - Inciso LVII do Artigo 5 da Constituição Federal
“Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente, até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas” Artigo 11° da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
Em 1990, quando estava fazendo meu Doutorado, na França, recebi 700 francos do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique), o CNPq francês, para participar de um Congresso em Avignon, onde ia apresentar um artigo que escrevi. O dinheiro era para pagar o trem (ida e volta), o hotel e a inscrição no evento. Na hora de prestar contas, qual não foi minha surpresa: tudo o que a instituição francesa me pedia era um documento assinado por mim detalhando os gastos. Não precisa anexar NENHUM comprovante de despesa!
Em 1993, quando minha filha nasceu, na França, fui registrá-la na Sécurité Social, o INSS francês. Quando fui atendido o funcionário me pediu a Certidão de Nascimento da minha filha. Procurei na minha pasta e não achei. Eu simplesmente tinha esquecido de levar a certidão! Comecei a balbuciar uma desculpa quando o funcionário me interrompeu dando uma folha em branco e dizendo: “Não tem problema. Faça uma declaração de próprio punho dizendo que você é o pai da criança, o nome dela, a data e o local de nascimento, e assine”. Fiz tudo isto e entreguei a folha assinada para o funcionário. Antes de receber a folha ele me disse: “Se o senhor estiver mentindo a punição é de 1.000 francos e o senhor está sujeito a ficar seis meses preso. O senhor quer entregar a declaração?” Eu disse que tudo o que tinha escrito era verdade e que ia entregar a declaração. No mês seguinte já passei a receber uma ajuda financeira do governo que tinha direito pelo nascimento da Júlia...
Qual é a lógica por trás destes procedimentos burocráticos?
Um princípio constitucional básico: “Todo cidadão é INOCENTE até prova em contrário”. Não é o cidadão que tem que provar que é inocente, como no Brasil. É o Estado que tem que provar que ele é culpado. Se eu disse que gastei 200 francos com uma passagem de trem Paris-Avignon-Paris, ou que tenho uma filha chamada Júlia, que nasceu no dia 07/03/1993, em Paris, cabe ao Estado, se desconfia que estou mentindo, que prove que eu cobrei mais caro pela passagem do que ela efetivamente custou ou que eu não tenho uma filha nascida nesta data.
Parem agora um minuto para imaginar o que esta simples inversão de lógica provocaria na nossa vida e no país.
<br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9gder-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9gder-2-0" style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEixf-Dc3U_z-wp6a1pQNDDvmo1c1CozIYwx-bBtwnQ3QxNmlynaO7g0u_EyBlJTN2CSqi4ECR4OUMHnZQ_sFFcMk9OsInfvdppkEr_TDQ9S9fi25JFUnONV1E6op99o41tf50msWZRbIGStXvbT1bdXG1nqMcwVTUa2QFnLxXRce9k1KvNY-r8c4NDQ=s477" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="477" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEixf-Dc3U_z-wp6a1pQNDDvmo1c1CozIYwx-bBtwnQ3QxNmlynaO7g0u_EyBlJTN2CSqi4ECR4OUMHnZQ_sFFcMk9OsInfvdppkEr_TDQ9S9fi25JFUnONV1E6op99o41tf50msWZRbIGStXvbT1bdXG1nqMcwVTUa2QFnLxXRce9k1KvNY-r8c4NDQ=s320" width="320" /></a></div><br />
Uma verdadeira revolução! Minha estimativa é que a simples decisão de considerar o cidadão inocente até prova em contrário e de criar procedimentos burocráticos de acordo com esta premissa faria o PIB brasileiro crescer mais de 5%! Claro que o segundo ponto desta revolução é igualmente importante: se o cidadão estiver mentindo ele tem que ser exemplarmente punido, com multas pesadas e prisão. Outra noção básica que esquecemos é que temos direitos e DEVERES e que temos que ser responsabilizados por nossos atos.
E para fazer esta revolução não precisamos construir prédios, gastar dinheiro, contratar pessoas, nada. Só inverter a lógica burocrática e criar novos procedimentos. É o que estava na base das propostas do Ministro Beltrão quando ele assumiu o Ministério da Desburocratização, lembram?
E para provar que tudo isto não é um sonho inatingível, basta nos lembrar como funciona a Receita Federal, aqui no Brasil. Na declaração de imposto de renda NÃO ANEXAMOS NENHUM COMPROVANTE de despesa. Simplesmente informamos quanto gastamos com plano de saúde, com o médico X, etc. Exatamente como eu fiz quando prestei contas para o CNRS francês em 1990!
Mais de trinta ano depois, com os avanços da informática e das redes é simplesmente inaceitável que a BURROcracia do Estado brasileiro continue a asfixiar as empresas e os cidadãos com demandas absurdas e injustificadas.
Vou começar a listar algumas aqui, e todos podem contribuir colocando nos comentários exemplo de demandas burocráticas que deveriam simplesmente deixar de existir.
1) A exigência de andar com carteira de motorista ou de identidade: num mundo digitalizado, é totalmente desnecessário. Se o guarda pedir a carteira, você deveria informar seu nome e/ou o número da carteira e isto ser o suficiente para comprovar sua existência...
2) Em toda licitação pública os governos federal, estadual e municipal cobram dos participantes “Atestados” de “Regularidade fiscal, social e trabalhista”. Por quê? Não é o cidadão que tem que provar que está quites com o Estado, é o Estado que têm que provar que eu estou inadimplente. Pedir estes atestados é o reconhecimento que o Estado não tem controle de quem está ou não adimplente...
3) Na prestação de contas de uso das verbas do CNPq, CAPES, FAPERJ, FAPESP, estas instituições exigem recibos e comprovantes de tudo: passagens (tem que ser passagem USADA), nota fiscal, etc. Como vimos no exemplo que eu dei, não precisava nada disso. Bastava a palavra do cidadão.
4) ....
Mas nossos candidatos a presidente não falam disto. Os dois principais candidatos já foram (ou são) “chefes” da máquina, e a usaram para beneficiar a si mesmos ou ao seu partido/grupo político. A topologia do Estado brasileiro está montada para prejudicar o cidadão e favorecer o grupo que está no poder. Não adianta colocar uma pessoa lá sem mudar esta topologia. Esta pessoa vai ficar refém desta estrutura corrupta e viciada.
Sem mudar a topologia, nada mudará de fato.
Este é mais um ponto chave do novo modelo (topologia) de Estado: acabar com a BURROcracia respeitando uma máxima da nossa constituição: cabe ao Estado e não ao cidadão o ônus da prova. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="83p40" data-offset-key="cav09-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cav09-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="cav09-0-0" style="font-family: inherit;">Na semana que vem vamos falar sobre Educação: o que estamos fazendo de errado?
Até semana que vem!
PS: para acompanhar esta série de posts sobre a Topologia Do Estado, siga o blog
</span><span class="py34i1dx" style="color: var(--blue-link); font-family: inherit;">https://crie-inteligenciaempresarial.blogspot.com/</span><span data-offset-key="cav09-2-0" style="font-family: inherit;">
</span></div></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-37443324390315348522022-01-15T06:39:00.005-08:002022-01-15T06:39:55.333-08:00 Para que servem os cartórios?<h2 style="text-align: left;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-weight: normal; white-space: pre-wrap;">2º episódio da série “A falência do modelo de Estado: sem mudar a topologia, nada muda!”</span></h2><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="89hh1-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="89hh1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="89hh1-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="7kl05-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7kl05-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="7kl05-0-0" style="font-family: inherit;">No Brasil existem 13.627 cartórios distribuídos pelos 5.570 municípios brasileiros. Segundo a Lei nº 6.015/1973, deve existir pelo menos uma "unidade de Registro Civil" instalada para a execução dos atos de nascimentos, casamentos e óbitos.</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="19m97-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="19m97-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="19m97-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="9ttl3-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9ttl3-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9ttl3-0-0" style="font-family: inherit;">Por quê?</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="dk7qu-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dk7qu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="dk7qu-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="cdcot-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cdcot-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="cdcot-0-0" style="font-family: inherit;">Minha filha nasceu em 1993, no Hospital Beaudelocque-Port Royal, em Paris, quando eu fazia meu doutorado. Onde foi que eu a registrei e obtive sua Certidão de Nascimento? No hospital. Se alguém se casa na França, onde é que vai registrar o casamento? Na Prefeitura. E se morrer, quem fornece a Certidão de óbito? O médico ou a delegacia de polícia. Simples, né? Não precisa de cartório.</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="9f463-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9f463-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9f463-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="81p6b-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="81p6b-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="81p6b-0-0" style="font-family: inherit;">Fizemos um estudo na Coppe sobre todos os “serviços prestados” por um cartório (além dos já citados, tem registro de imóveis, reconhecimento de firmas, autenticação de documentos, etc) e a conclusão é muito clara: NÃO PRECISAMOS DE CARTÓRIOS PARA NADA. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="2mrj2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2mrj2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="2mrj2-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="2pc19-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2pc19-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="2pc19-0-0" style="font-family: inherit;">Para cada serviço que hoje é prestado por um cartório existe uma outra estrutura capaz de realizar este serviço sem custo adicional para o cidadão. Exemplo? Registro de Imóveis. Para quem pagamos o IPTU? Para a PREFEITURA! Por que a prefeitura não é a responsável por fornecer o registro do imóvel? Todo imóvel se localiza em uma prefeitura, a existência do cartório para realizar este registro é de uma inutilidade flagrante. </span><span style="font-family: inherit;">E assim com todos os outros "serviços" prestados por um cartório.</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="889np-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="889np-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="889np-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="51oa8-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="51oa8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="51oa8-0-0" style="font-family: inherit;">No seu início, os cartórios foram distribuídos aos “amigos do rei”, seguindo o modelo das Capitanias Hereditárias... Hoje, para ser dono de cartório precisa ser advogado e fazer um concurso, mas mais da metade dos donos de cartório, em 2021, não fez concurso. E são, DE LONGE, a “atividade profissional” mais bem remunerada do Brasil. Segundo estudo feito pelo G1 (veja foto), os Titulares de Cartório faturam mais de R$ 100 mil POR MÊS! Um escândalo de ineficiência. Os profissionais que mais ganham no Brasil são profissionais que simplemente não deveriam existir...</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="as56g-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="as56g-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="as56g-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="as56g-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh48srhsGx5kVPOnB1qDtm6-KLr1HE0RiCls6bwcJX3OfIbw5YL_A2YDpJdWwqoV-ZYE8RZ1U4IvVcvPpTl63BzpifXjQLzxBajXbCqOCA2_CPrz3-QBQYHr3QF8vYLvmU63oGP_0i4wPOw-FATTzvhZ4lTBimvqT_JFQTuRdpXku0W0j55_TW3qk4U=s720" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="486" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh48srhsGx5kVPOnB1qDtm6-KLr1HE0RiCls6bwcJX3OfIbw5YL_A2YDpJdWwqoV-ZYE8RZ1U4IvVcvPpTl63BzpifXjQLzxBajXbCqOCA2_CPrz3-QBQYHr3QF8vYLvmU63oGP_0i4wPOw-FATTzvhZ4lTBimvqT_JFQTuRdpXku0W0j55_TW3qk4U=w400-h342" width="400" /></a></div><br /><span data-offset-key="as56g-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="as56g-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">Os cartórios são mais um exemplo da falência do modelo de Estado brasileiro, estruturado para “criar dificuldades e vender facilidades” para seus cidadãos. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="8c3ld-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8c3ld-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8c3ld-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="8jbp7-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8jbp7-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8jbp7-0-0" style="font-family: inherit;">O que nos impede de acabar com os cartórios? Nada. Só o lobby dos próprios interessados... A economia de tempo e de dinheiro, para os cidadãos, vai ser enorme e o custo de acabar com eles é nenhum. Não precisamos construir prédios, contratar profissionais, pelo contrário. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="f2s15-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f2s15-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="f2s15-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="b3rbj-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b3rbj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="b3rbj-0-0" style="font-family: inherit;">Mas nossos candidatos a presidente não falam disto. Os dois principais candidatos já foram (ou são) “chefes” da máquina, e a usaram para beneficiar a si mesmos ou ao seu partido/grupo político. A topologia do Estado brasileiro está montada para prejudicar o cidadão e favorecer ao grupo que está no poder. Não adianta colocar uma pessoa lá sem mudar esta topologia. Esta pessoa vai ficar refém desta estrutura corrupta e viciada. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="7frhu-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7frhu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="7frhu-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="f9b0k-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f9b0k-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="f9b0k-0-0" style="font-family: inherit;">Sem mudar a topologia, nada mudará de fato. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="8ia9u-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8ia9u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8ia9u-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="1v6sj-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1v6sj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="1v6sj-0-0" style="font-family: inherit;">Este é mais um ponto chave do novo modelo (topologia) de Estado: acabar com os cartórios e com isto reduzir a burocracia que inferniza a vida dos cidadãos (leia na minha linha do tempo o primeiro episódio desta série...) O combate a burocracia, será aliás o tema do nosso próximo episódio sobre a falência do nosso modelo (topologia) de Estado...</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="ei2hq-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ei2hq-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="ei2hq-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="bd15f" data-offset-key="85cn2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="85cn2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="85cn2-0-0" style="font-family: inherit;">Até semana que vem!</span></div></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-12960096205183656612022-01-07T08:38:00.004-08:002022-01-07T09:00:56.220-08:00A falência do modelo de Estado: sem mudar a topologia, nada muda!<p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><i><b>L’État c’est moi!</b></i> (Luis XIV, diante dos parlamentares parisienses, em 13 de abril de 1655)</span></p><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="4mfdm-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4mfdm-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="4mfdm-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="dsjvp-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dsjvp-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="dsjvp-0-0" style="font-family: inherit;">A falência do Estado brasileiro é um fato (e dos outros, mundo afora). Como afirma Everardo Maciel (em seu excelente artigo a <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/a-decadencia-do-estado-brasileiro">Decadência do Estado Brasileiro</a>, link <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/a-decadencia-do-estado-brasileiro">aqui</a>), o poder pessoal, das grandes e pequenas autoridades, “em tudo se assemelha a um absolutismo extemporâneo”. Do guarda da esquina ao juiz do Supremo, passando por deputados, presidentes e governadores, todos se acham Deus, acima das leis. Alguns têm certeza disso...</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="d3cva-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d3cva-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="d3cva-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="bv2th-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bv2th-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="bv2th-0-0" style="font-family: inherit;">Os cartórios foram distribuídos seguindo o modelo das Capitanias Hereditárias, que tem mais de quinhentos anos! Nos Poderes Legislativo e Judiciário, os privilégios são escandalosos: aposentadorias precoces e milionárias, recessos, férias prolongadas, feriados e abonos especiais são um tapa na cara dos cidadãos que pagam esta conta. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="6s4v6-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6s4v6-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="6s4v6-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="3hq41-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3hq41-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="3hq41-0-0" style="font-family: inherit;">Como aponta Everardo Maciel, “O orçamento converteu-se em peça anárquica, com fatias vorazmente devoradas pelas “emendas parlamentares”. Tetos de remuneração e de gastos públicos são afrontados por leis casuísticas ou por subterfúgios administrativos. Federalismo fiscal consistente nunca tivemos”.</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="dk3n1-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dk3n1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="dk3n1-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="emto4-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="emto4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="emto4-0-0" style="font-family: inherit;">Em resumo, temos um Estado que cada vez mais se mostra inadequado e centralizado demais para lidar com as demandas e expectativas dos cidadãos, que experimentam no seu dia a dia modelos descentralizados e muito mais eficientes de serviços. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="du5n1-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="du5n1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="du5n1-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="b998p-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b998p-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="b998p-0-0" style="font-family: inherit;">As eleições podem mudar isto?</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="1um2u-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1um2u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="1um2u-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="b08p8-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b08p8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="b08p8-0-0" style="font-family: inherit;">Diante desta realidade o que propõem os candidatos a presidente? </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="8dpvu-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8dpvu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8dpvu-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="3cdau-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3cdau-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="3cdau-0-0" style="font-family: inherit;">Nada.</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="976gi-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="976gi-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="976gi-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="f7bu8-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f7bu8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="f7bu8-0-0" style="font-family: inherit;">Apresentam seus “planos econômicos”, falam em educação, saúde, emprego, mas nem uma palavra sobre mudar a topologia do Estado: maior participação dos cidadãos no processo legislativo (plebiscitos para acabar com privilégios de deputados, senadores e juízes, por exemplo); fim dos cartórios; fim das “emendas secretas” dos parlamentares; transparência e auditagem pública dos gastos públicos... </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="2ifqs-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ifqs-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="2ifqs-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="csrr-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="csrr-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="csrr-0-0" style="font-family: inherit;">A partir de hoje vou publicar toda semana um artigo falando destes temas, trazendo exemplos para ilustrar. Todos podem participar me enviando histórias e sugestões. A ideia é construir de maneira coletiva uma proposta de um novo modelo de Estado para colocar o Brasil no século XXI. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="c0ltd-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="c0ltd-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="c0ltd-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="7jva5-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7jva5-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="7jva5-0-0" style="font-family: inherit;">Primeira história</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="5eerv-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5eerv-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="5eerv-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="4ll2c-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4ll2c-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="4ll2c-0-0" style="font-family: inherit;">Começamos com uma história que muita gente vai se reconhecer e que me foi passada pela minha mulher. Num grupo de Whatsapp de antigas colegas de escola, uma delas relatou seu drama. Sua carteira de motorista vencia no final de dezembro de 2021. Desde novembro ela telefona para o Detran para agendar um horário em algum posto para renovar a carteira de motorista. Chegamos em janeiro e nada de renovação...</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="6uql2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6uql2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="6uql2-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="4lqjc-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4lqjc-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="4lqjc-0-0" style="font-family: inherit;">Ela relatou seu problema para várias pessoas até que sua fonoaudióloga disse que tinha um “conhecido” que agendava em três dias, por R$ 95,00... Ela ligou para o tal cara e contou no grupo do Whatsapp, toda feliz, que finalmente tinha conseguido agendar e que podia passar o “contato” para as amigas...</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="263f4-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="263f4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="263f4-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="263f4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="263f4-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="263f4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="263f4-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="263f4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjhNLfRtVt9rjV2LjSuTZKPY8O4CdkdxKdUIa_vO3jWaiAb-Cmhnmo6ujfBMF5dO9sIIGiJCZ74eRO3oYrixHUC2Fa5xChQ7zyvvk3AcGmOKYg_9sdMOBPE86ZAGaHvBKADEofL5rbET3OQ23XIcbwULG6T-RqRZmwFJcBdnez93GCnI7OxMxEVNXzp=s328" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="328" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjhNLfRtVt9rjV2LjSuTZKPY8O4CdkdxKdUIa_vO3jWaiAb-Cmhnmo6ujfBMF5dO9sIIGiJCZ74eRO3oYrixHUC2Fa5xChQ7zyvvk3AcGmOKYg_9sdMOBPE86ZAGaHvBKADEofL5rbET3OQ23XIcbwULG6T-RqRZmwFJcBdnez93GCnI7OxMxEVNXzp=s320" width="320" /></a></div><br /><span data-offset-key="263f4-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="420f2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="420f2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="420f2-0-0" style="font-family: inherit;">Este singelo exemplo é um retrato do Brasil. Um Estado estruturado para “criar dificuldades e vender facilidades” para seus cidadãos, e cidadãos que se adaptaram a este modelo, contribuindo para sua manutenção. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="fqsrv-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fqsrv-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="fqsrv-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="doun0-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="doun0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="doun0-0-0" style="font-family: inherit;">Até o século passado, estávamos a mercê deste modelo centralizado e corrupto. Hoje, sabemos que não precisa mais ser assim. Uma jovem de 17 anos filmou um policial americano colocando o joelho no pescoço de George Floyd até matá-lo. No mundo do Estado burguês centralizado, típico do século XX, nada aconteceria ao policial. No mundo descentralizado, das redes e mídias sociais, o policial foi julgado e condenado a mais de 22 anos de prisão...</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="c7n1b-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="c7n1b-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="c7n1b-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="8bp3v-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8bp3v-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8bp3v-0-0" style="font-family: inherit;">O que nos impede de denunciar o esquema de corrupção do Detran-RJ? Acabar com ele não é difícil, se tivermos um sistema de agendamento pelo site, AUDITÁVEL e com controle público. Não basta “informatizar”, tem que poder ser auditado pelo ministério público e pelos cidadãos. E, tecnicamente, isto pode ser feito sem prejuízo da segurança do sistema. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="77hak-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="77hak-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="77hak-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="cemlm-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cemlm-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="cemlm-0-0" style="font-family: inherit;">Mas nossos candidatos a presidente não querem saber disso. Os dois principais candidatos já foram (ou são) “chefes” da máquina, e a usaram para beneficiar a si mesmos ou ao seu partido/grupo político. A topologia do Estado brasileiro está montada para funcionar assim. Não adianta colocar uma pessoa lá sem mudar esta topologia. Esta pessoa vai ficar refém desta estrutura corrupta e viciada. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="c5srm-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="c5srm-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="c5srm-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="4ab8u-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4ab8u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="4ab8u-0-0" style="font-family: inherit;">Sem mudar a topologia, nada mudará de fato. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="ev3nu-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ev3nu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="ev3nu-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="7ordd-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7ordd-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="7ordd-0-0" style="font-family: inherit;">Este é um ponto chave do novo modelo (topologia) de Estado: sistemas de informação TRANSPARENTES e AUDITÁVEIS por qualquer cidadão. Dá pra fazer e não custa caro. </span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="9u286-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9u286-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9u286-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="a1m3m-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a1m3m-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="a1m3m-0-0" style="font-family: inherit;">Mas isto só não basta...</span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="2mmg6-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2mmg6-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="2mmg6-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="59tni" data-offset-key="ept9-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ept9-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="ept9-0-0" style="font-family: inherit;">Até a semana que vem, como novas histórias e propostas!</span></div></div>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-16965388916400155672021-06-08T08:05:00.004-07:002021-06-08T08:09:30.946-07:00Um projeto para colocar o Brasil no século XXI (Finalmente!)<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p style="text-align: right;">Pra quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve (Sêneca) </p><p style="text-align: right;">Toda unanimidade é burra (Nélson Rodrigues)</p></blockquote><p><br /></p><p>Foram anos entrevistando cientistas, especialistas e pessoas comuns em vários países do mundo. Milhares de quilômetros percorridos pelo interior profundo do Brasil e nas periferias das grandes cidades para conhecer de perto a realidade diversa e desigual do nosso país. E o resultado é um documentário profundo, que toca em todos os problemas essenciais e, mais importante ainda, traz propostas e soluções que nos permitem dar a volta por cima e entrar no século XXI como um país moderno, menos desigual e mais justo.</p><p>Não é mágica nem solução milagrosa. Para acontecer vamos precisar mobilizar a inteligência de todos e as lideranças de boa fé, com partido ou sem partido. As propostas apresentadas são inteligentes, factíveis e necessárias. São um caminho para um país que está desgovernado, sem saber para onde ir. E pior, que está polarizado por discursos de ódio e divisão (a direita e à esquerda), quando o que precisamos é de união, empatia, generosidade e mais amor pelo próximo. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://globoplay.globo.com/v/9581625/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="598" data-original-width="1696" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinrxSx3Dsd4gGdz3C88LiS_Y_Zni3Hs_SjQba_50IzarEVgAzy_45bKuHtqLAQQ4_u_Do5Jv8Ela0o2zad7h3vEJA59cbDlZpq8IXdF8VzMHaJeKGHEx1jC_GRpYGacvG2HTS_xFTqmPM/w594-h210/2021+o+ano+que+n%25C3%25A3o+come%25C3%25A7ou.png" width="594" /></a></div><p style="text-align: center;"><a href="https://globoplay.globo.com/v/9581625/">2021 O Ano que não começou,- propostas para colocar o Brasil no século XXI</a> </p><p style="text-align: center;">(Clique <a href="https://globoplay.globo.com/v/9581625/">aqui </a>para ver o documentário).</p><p>Claro que as propostas trazidas neste documentário não serão unânimes, afinal, como nos lembra Nélson Rodrigues "toda unanimidade é burra"... Além disso, muitos políticos e acadêmicos vão mostrar todo o seu preconceito contra o catalisador desta proposta, Luciano Huck. Não faltarão vozes falando para ele voltar a ser "animador de auditório", para abandonar a política... Fazem isto porque sabem que ele pode ser uma ameaça real aos políticos tradicionais, que só almejam o poder para se beneficiarem dele, como sempre fizeram, à direita e à esquerda. Já os "professores" que atacarão Huck o farão por motivos ideológicos (ele não reza pela cartilha ideológica de ninguém) e despeito, afinal foram incapazes de elaborar um projeto de país tão completo e democrático quanto este apresentado no documentário. </p><p>O projeto aborda de forma sintética os principais tópicos para colocar um país no século XXI: valorizacão da educação (é o pilar número UM da proposta), combate a desigualdade social, racial e de gênero (com propostas concretas), desenvolvimento econômico sustentável e uso intensivo de tecnologia para ganhar escala a baixo custo na educação, saúde e nos programas sociais e eficiência na máquina administrativa do Estado. É um projeto ambicioso, mas factível. Sobretudo porque não parte da necessidade de "salvadores da pátria" para acontecer. Pelo contrário. A proposta é um projeto supra partidário, que procura envolver toda a sociedade, para além dos partidos, das igrejas e da posição social dos indivíduos e que pretende engajar lideranças jovens, sobretudo das periferias.</p><p>Vejam a íntegra do documentário, compartilhem com amigos e familiares. Vamos fazer que 2021 seja o início de uma virada histórica, que organize um movimento capaz de unir o Brasil, torná-lo um país menos desigual, mais justo e humano. </p><p>Só depende de nós. De cada um de nós.</p><p>Bora? </p><p>Eu tô dentro. E você?</p>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-83627522440917271432021-03-18T08:14:00.008-07:002021-03-18T08:34:57.388-07:00Ciência e fé<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;"><i>Ciência sem fé é capenga. Fé sem ciência é cegueira e fanatismo</i> (Albert Einstein)</span></p></blockquote></blockquote></blockquote><p><span style="font-family: arial;">Quando era menino adorava ler e observar a natureza. Passava horas lendo, mas adorava ficar vendo as formigas caminharem levando coisas muito maiores que elas pra lá e pra cá, caçava vaga-lumes para tentar entender como eles podiam brilhar tanto e adorava dormir ouvindos os grilos cantarem na casa da minha tia em Petrópolis.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não sabia que um dia iria querer virar um cientista, mas sempre exercitei minha curiosidade e busquei conhecer o porque das coisas. E volta e meia me deparava com coisas inexplicáveis. Só muito mais tarde fui descobrir que mesmo cientistas renomados tinham este momento onde precisavam exercer a sua fé. <span style="background-color: white; color: #333333;">É pela fé que lidamos com aquilo que não podemos ver ou entender. A fé é a esperança que nos permite lidar com a ideia de futuro e do desconhecido. A ciência procura trabalhar com aquilo que é provado, testado e prescrito. A fé é do campo dos sentidos. </span></span></p><p><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; color: #333333;">Durante muitos anos estes mundos não se misturavam, mas hoje estou convencido que um não pode viver sem o outro. A ciência sem fé é capenga, fica limitada às coisas que podemos racionalmente provar, abdicando da sensibilidade. Além disso, </span><span style="background-color: white; color: #333333;">o desenvolvimento de métodos, práticas e teorias é uma expressão da criatividade humana e, para quem acredita, uma expressão do Divino. De qualquer forma, uma expressão do humano. </span></span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial;">Newton não teria chegado à teoria da gravidade se não tivesse como aliada sua sensibilidade e sua fé nas suas teorias, mesmo que em muitos momentos elas parecessem absurdas. Em 1666, aos 24 anos, ele estava estudando na Universidade de Cambridge quando retornou à sua casa em </span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: arial;">Woolsthorpe Manor (localizada no condado de Linconlshire, na Inglaterra) para passar um tempo enquanto a instituição estava fechada por causa da peste bubônica. </span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: arial;">Não se sabe exatamente embaixo de qual macieira Newton estava quando viu a maçã cair no chão – e não sobre sua cabeça, como reza a lenda –, mas como só existia uma em Woolsthorpe Manor, assumiu-se que era essa. </span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: arial;">Infelizmente, uma forte tempestade arrancou a macieira do chão em 1816, mas algumas raízes permaneceram fixas, e enxertos foram feitos e várias macieiras plantadas a partir deles, dentre elas esta da foto, que fica em Cambridge, que eu visitei...<br /><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAulnnZjunEKSa72pGYQQk_q_0QRUeDkjqpixSqaeGxrKGJDQxtmYagKmV7Co5Tr_Oj4HXsm4rVYjZqSqezx88Z43JG-7rc7zyRKqfkkvjzTe9grMmtUe6TkYTBIAKxdMqEIyPMS3E3lk/s300/ma%25C3%25A7a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAulnnZjunEKSa72pGYQQk_q_0QRUeDkjqpixSqaeGxrKGJDQxtmYagKmV7Co5Tr_Oj4HXsm4rVYjZqSqezx88Z43JG-7rc7zyRKqfkkvjzTe9grMmtUe6TkYTBIAKxdMqEIyPMS3E3lk/w292-h222/ma%25C3%25A7a.jpg" width="292" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTXRoKiMSPJRMkVvoM_9T57crdv6GWecm5ae6uf0vXtjF6dMteuIDK3tCjt0YuhkLqIb-Xhi5W6OnQURgrmC5LEEsHOhzCcumv4CmRN-LisBnXU3Ye_qmGaAXVXJUTkun75B_QNJTU41g/s640/cambridge-5008784_640.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="480" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTXRoKiMSPJRMkVvoM_9T57crdv6GWecm5ae6uf0vXtjF6dMteuIDK3tCjt0YuhkLqIb-Xhi5W6OnQURgrmC5LEEsHOhzCcumv4CmRN-LisBnXU3Ye_qmGaAXVXJUTkun75B_QNJTU41g/w167-h222/cambridge-5008784_640.jpg" width="167" /></a></div></div><br /><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #262626;"><span style="color: #333333; font-family: arial;">Da mesma forma, a fé sem ciência é apenas fanatismo. Não bastam as bençãos de Deus para nos livrar da COVID-19 ou de um câncer. Quem pensa assim, no fundo vê Deus como um amuleto que espanta doenças. Como diria Ed René Kivitz: "A fé não nos imuniza, ela nos responsabiliza". Precisamos fazer a nossa parte e a ciência não pode ser desprezada nem ignorada.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #262626;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: #333333;">Para fazer ciência precisamos ter fé e para a fé ser saudável ela precisa contar com a ciência. </span><span style="color: #212529; letter-spacing: 0.3px;">Como nos lembra Edgar Morin </span><span style="color: #212529; letter-spacing: 0.3px;">"Somos seres complexos, não podemos ficar reduzidos a um único aspecto da personalidade”. </span></span><span style="color: #212529; font-family: arial; letter-spacing: 0.3px;">A consciência da complexidade nos faz compreender que não poderemos escapar da incerteza e que não poderemos ter um saber total: a totalidade é a não verdade, porque n</span><span style="color: #212529; font-family: arial; letter-spacing: 0.3px;">ão há conhecimento, e não há fé, que não esteja ameaçada pelo erro e pela ilusão.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #262626;"><span style="color: #212529; font-family: arial; letter-spacing: 0.3px;">De minha parte já fiz minha escolha: sigo com as duas...</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #262626;"><span style="color: #212529; font-family: arial; letter-spacing: 0.3px;">E você?</span></p><hr class="wp-block-separator is-style-dots" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-color: white; background-image: none !important; background-origin: initial !important; background-position: initial !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; background: none white; border: none; box-sizing: content-box; color: #212529; height: auto; letter-spacing: 0.3px; line-height: 1; max-width: none; overflow: visible; text-align: center;" /><p style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #212529; letter-spacing: 0.3px; line-height: 1.58; margin: 0px 0px 30px;"><br /></p>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-59938903319926041722021-01-29T05:24:00.004-08:002021-01-29T05:26:56.186-08:00Educar é a arte de provocar a fome<p> <i style="color: white; font-family: courier; text-align: right;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="PT-BR">"Não quero faca nem queijo. Quero é fome"</span></i><span lang="PT-BR" style="color: white; font-family: courier; text-align: right;"> (Adélia Prado)</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; line-height: normal; text-align: right;"><span lang="PT-BR" style="color: white; font-family: courier;"><o:p style="background-color: black;">"Não quero a faca nem o queijo, quero a fome" <span style="font-size: x-small;">(Adélia Prado)</span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span lang="PT-BR" style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">Uma coisa eu aprendi ao longo dos meus 28 anos como professor: ninguém ensina nada a ninguém. As pessoas é que aprendem. Se quiserem... Como nos lembra Rubem Alves, "O comer começa na fome. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;"><span face="Arial, sans-serif">Assim é com a educação. Se alguém tem fome de aprender a somar frações ou entender mais sobre a revolução francesa ele vai aprender, mesmo que o professor não ajude. Educar, portanto, é a arte de produzir fome...</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">Quando era menino, ficava vendo minha avó fazer quindins. Ela ia explicando o que estava fazendo e isto aguçava minha curiosidade. Quando o quindim ficava pronto eu estava louco de vontade de comê-lo.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">É assim que vejo meu trabalho de professor e é por isto que este novo blog tem a foto de uma cozinha: educar é provocar a curiosidade, a fome de aprender. Não é dar a faca, o queijo, o anzol ou o peixe.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif">Vivemos um tempo riquíssimo, de transição de uma sociedade industrial e de um pensamento cartesiano para uma sociedade onde o conhecimento é o principal fator de produção. Neste novo tempo precisamos de novas formas de pensar e agir: </span><i>pensar de forma complexa</i><span face="Arial, sans-serif"> e agir </span><i>usando ferramentas que lidem com a complexidade</i><span face="Arial, sans-serif">, como a ciência das redes. E sabendo que o valor das coisas não vem mais, principalmente, da terra, do capital, da mão de obra ou da energia, mas de fatores intangíveis como conhecimento, confiança e afeto. Afeto, do latim “affetare”, quer dizer “ir atrás”. Precisamos aprender a ir atrás do que desejamos, ter a fome que nos faz ir em busca do fruto sonhado.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span lang="PT-BR" style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">É por isto que neste blog vou falar de ciência das redes, complexidade e ativos intangíveis. Estou convencido que precisamos de uma nova forma de pensar e de novas ferramentas para viver no século XXI. Afinal, como disse Einstein, “insanidade é continuar pensando do mesmo jeito e fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">Precisamos pensar e fazer diferente.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="color: #9ba2a8; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 15px;"><span lang="PT-BR" style="background-color: black; color: white; font-family: courier; font-size: medium;">Vamos nessa?<br /><br />O blog onde você está lendo esta mensagem será desativado. Entre em <br /></span></b><span style="background-color: transparent;"><span style="color: white; font-family: courier; font-size: medium;"><b><a href="https://profmarcoscavalcanti.blogspot.com/2021/01/educar-e-arte-de-produzir-fome_59.html" target="_blank">https://profmarcoscavalcanti.blogspot.com/2021/01/educar-e-arte-de-produzir-fome_59.html</a><br /><br /></b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #1d1d1d; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="color: white; font-family: courier; font-size: medium;"><b>e subscreva o blog para continuar recebendo notícias sobre Ciência das Redes, Complexidade e Ativos Intangíveis</b></span></p>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-36891003063661936722021-01-15T04:38:00.032-08:002021-01-15T04:52:26.682-08:00O paradoxo da tolerância<p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><h1 class="quoteText" style="background-color: white; color: #181818; line-height: 21px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><span style="font-family: arial; font-size: small;"><b><span>"</span><span>If we are not prepared to defend a tolerant society against the onslaught of the intolerant, then the tolerant will be destroyed, and tolerance with them"</span></b><span><span>. </span></span></span></h1></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><h1 class="quoteText" style="background-color: white; color: #181818; line-height: 21px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><span><span><span>(</span></span></span><b style="background-color: transparent;"><span>"S</span><span face=""Google Sans", arial, sans-serif" style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; white-space: pre-wrap;"><span>e não estivermos preparados para defender uma sociedade tolerante contra o ataque dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância com eles").</span><span> </span></span></b> </span></h1></blockquote></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><h1 class="quoteText" style="background-color: white; color: #181818; line-height: 21px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: small;">Karl Raimund Popper, </span><span id="quote_book_link_240592" style="font-size: small;">The Open Society and Its Enemies</span></span></h1></blockquote></blockquote><div><span face=""Google Sans", arial, sans-serif" style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-size: small; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">BASTA! </span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">O grito ecoou no dormitório onde duas dezenas de adolescentes faziam uma guerra de travesseiros... Tínhamos 15 anos e fazíamos uma viagem do colégio ao Caraça-MG. Era a terceira vez que o Padre Almeida vinha nos pedir para nos acalmar. Nas outras vezes ele tentou argumentar: "vocês estão num seminário de Padres, eles estão dormindo, amanhã precisamos acordar cedo para seguir viagem...". Tudo com uma voz doce e calma. Não adiantou. Era só ele virar as costas e sair do dormitório para a batalha recomeçar. Nesta terceira aparição do Pe. Almeida o tom de voz era outro e ele deixou claro que se continuássemos voltaríamos para o Rio. Resolvemos ir dormir...</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: arial; white-space: pre-wrap;">Este é o paradoxo do tolerância.
Como nos lembra Popper: </span></div><div><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: arial; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;"><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: arial; white-space: pre-wrap;"> </span><i style="background-color: white; color: #202122;"><span style="font-family: courier;">A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles. </span></i></div></blockquote><p><span style="font-family: arial;">Fomos intolerantes e nenhum argumento racional nos fez mudar de ideia. O Pe. Almeida precisou ser firme contra os intolerantes...</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br />Esta semana o Twitter, depois de repetidos avisos e alertas, baniu o presidente dos Estados Unidos. E alguns logo falaram que era censura.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Será?</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3RBkC5RhXu7MyKhSWG4-iOKOs3jqCNceEbel4W3jrQVoD-V_GCk97-JHfu9dkHjpql9BBoIXKpVZ1QYxKXb9ZsCXTHYXG8ZqlskVQ0cz3RDeDgeFv4Dqp9Fl2TpY00Wy_H8nvceW_AFM/s248/mafalda.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="248" data-original-width="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3RBkC5RhXu7MyKhSWG4-iOKOs3jqCNceEbel4W3jrQVoD-V_GCk97-JHfu9dkHjpql9BBoIXKpVZ1QYxKXb9ZsCXTHYXG8ZqlskVQ0cz3RDeDgeFv4Dqp9Fl2TpY00Wy_H8nvceW_AFM/s0/mafalda.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Vamos seguir com Popper:</span></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;"><i style="background-color: white; color: #202122;"><span style="font-family: courier;">"Nessa formulação, não insinuo, por exemplo, que devamos sempre suprimir a expressão de filosofias intolerantes. Se podemos combatê-las com argumentos racionais e mantê-las em xeque frente à opinião pública, suprimi-las seria, certamente, imprudente. Mas devemos-nos reservar o direito de suprimi-las, se necessário, mesmo que pela força. Porque pode ser que eles não estejam preparados para nos encontrar nos níveis dos argumentos racionais, que não estejam dispostos a debater e que proibam seus seguidores de ouvir argumentos racionais. Porque os intolerantes são enganadores, e preferem ensinar as pessoas a responder aos argumentos com punhos ou pistolas. Devemos-nos, então, reservar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante. Devemos exigir que qualquer movimento que pregue a intolerância fique fora da lei e que qualquer incitação à intolerância e perseguição seja considerada criminosa, da mesma forma que no caso de incitação ao homicídio, sequestro ou tráfico de escravos".</span></i></div></blockquote><p><span style="font-family: arial;">Quando os intolerantes resolvem responder com "punhos ou pistolas", chutando santas, invadindo e destruindo o congresso ou terreiros de candomblé, matando vereadoras, impedindo Cristovão Buarque de falar num Congresso da SBPC ou cancelando pessoas porque elas pensam diferente não podemos ser tolerantes. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Não podemos ser tolerantes com os intolerantes, sejam eles de direita ou de esquerda. </span><span style="font-family: arial;">A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância.</span><span style="font-family: arial;"> </span></p><p><span style="font-family: arial;">Hitler e Stalin estão aí para comprovar isto. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Temos que ser capazes, como o Pe. Almeida e a Mafalda, de dizer:<br /><br />BASTA!</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-36055157252656763162020-07-03T09:01:00.002-07:002020-07-03T09:04:11.165-07:00O futuro chegou. Só a Globo não viu..<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; font-family: arial;">“Hoje é um
novo dia, </span><span style="background-color: white; font-family: arial;">De um novo tempo que começou</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; line-height: 107%;"><font face="arial">Todos os
nossos sonhos serão verdade, </font></span><span style="background-color: white; font-family: arial;">O futuro já
começou...” (Um novo tempo – Marcos Valle – música das festas de fim de ano da
TV Globo)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; font-family: arial;">Quem não se
lembra desta música?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial"><span style="line-height: 107%;">Pois bem, o
futuro chegou. A TV Globo acaba de cancelar a transmissão dos jogos do
Campeonato Carioca. Por quê? Porque o Flamengo se recusou a assinar o contrato
de exclusividade e resolveu passar a transmitir seus jogos por uma TV própria,
no YouTube. E na quarta feira transmitiu Flamengo e Boavista pela FlaTV e bateu
recordes: n</span>o total, estima-se que 14 milhões de pessoas assistiram ao
jogo, com um pico de 2,2 milhões de pessoas. Além disso, houve inúmeras doações
pelo SuperChat no Youtube. No final da transmissão, a FlaTV já tinha mais de 4 milhões de assinantes no canal do YouTube. <o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEctuUmuD052Rv7P1LQrP2PHr8PjZbjLniVqz8ERdhWl2d0vSfXICEtGYEMmLSZ1V0-p1bneUbVdT0J-LjVAhxOPBiEbocQo5my-AD96im-qJO61WGnh1pkl5IIM5TLKgTgm1Lvv6LB6M/s1241/FlaTV.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="308" data-original-width="1241" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEctuUmuD052Rv7P1LQrP2PHr8PjZbjLniVqz8ERdhWl2d0vSfXICEtGYEMmLSZ1V0-p1bneUbVdT0J-LjVAhxOPBiEbocQo5my-AD96im-qJO61WGnh1pkl5IIM5TLKgTgm1Lvv6LB6M/w500-h124/FlaTV.png" width="500" /></a></div><font face="arial"><br /></font><p></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; font-family: arial;">Mas esqueçam, por enquanto, estes números. Vamos pensar no
modelo de negócio. Para fazer a transmissão dos jogos a Globo mobilizava um
gigantesco aparato tecnológico, com TV, satélite, equipamentos sofisticados e dezenas de profissionais. E
só transmitia para quem pagasse a assinatura do Premiere. Ou quando os
anunciantes pagavam pra ela transmitir na TV aberta. Para ter estes direitos,
ela pagava uma grana preta aos clubes, federações e CBF.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">E agora?<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Como disse o Marconi Pereira “Uma TV transmite para todo
mundo, torcedor de tudo que é time. Mas esses torcedores compram alguma coisa?
A TV sabe o que eles querem? O que é melhor para um time? eu transmitir um jogo para 200
milhões de pessoas ou para 4 milhões de torcedores fanáticos que estão
espalhados por todo o mundo, com potencial de crescimento e consumo?”<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">O dono do conteúdo, os times de futebol, dependiam da Globo
para vender seu produto. Agora, não mais... Como a tecnologia de Internet é mais barata e
acessível, o dono do conteúdo (Flamengo) não precisa colocar nenhuma mega infraestrutura
mega para distribuir o conteúdo que ele gera. Eles simplesmente
transformaram-se em uma "empresa de TV". <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando a Globo esperava que o Flamengo fosse
seu "concorrente"? Não só virou uma empresa de TV como vão atrás do
ouro do marketing, uma grana infinitamente maior da que eles recebiam da Globo.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Mas tem mais. Como diria o Marconi: “Quando os produtores de
conteúdo começam a distribuir o produto no mundo digital, movido a informação e
que é abundante, três coisas acontecem:<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">1) o custo marginal vai a zero. Com o controle do material
(o vídeo do jogo), pode-se colocar QR codes diferentes e distribuir em
diferentes canais, gerando mais dinheiro sem nenhum custo adicional;<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">2) O domínio explode. Sabemos que as TVs têm dados
estatísticos de jogos passados, de quantas jogadas fulano ou sicrano fez,
quantos pênalties pro lado esquerdo fizeram. Todas essas informações chegam e
nem vemos ou sabemos. Essas informações certamente podem ser coletadas hoje por
algoritmos que processam imagens. Empresas podem surgir que automatizem isso de
uma maneira inimaginável, basta ter acesso aos dados brutos. Eu posso abrir uma
empresa de AI de processamento de vídeos e ser um fornecedor do Flamengo. Ou
até do Botafogo, Vasco, Fluminense, São Paulo. O céu é o limite.<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">3) a delimitação da área de problema muda. No ambiente de
escassez, eu tenho que estar frente a uma TV. Eu, torcedor que estou fora do
país e tenho que pagar uma série de fornecedores (VPN, Globo.com) para poder
assistir aos jogos do campeonato brasileiro. No modelo de abundância, eu posso
estar em qualquer local do planeta e assistir ao jogo do meu time em qualquer
dispositivo, sem precisar pagar muito por isso. E compartilho com minha
família. E os anunciantes saem do modelo escasso de TV dentro das fronteiras do
país para o modelo abundante de Internet, sem fronteiras do país”.<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">É uma verdadeira revolução e a Globo claramente demonstra
não estar preparada para ela.<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Mas não foi por falta de aviso... <o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Há seis anos eu estive lá na Globo para falar de tudo isto
para eles. Vejam a mensagem que recebi de uma das pessoas que estava nesta
reunião:<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 107%;">“Grande
Mestre Marcos Cavalcanti, ao ver sua publicação por aqui, me lembrei de uma
passagem sua pela Globosat que talvez você nem se recorde. Salvo engano falávamos
do futuro, lá pelos idos de 2013/2014. E de repente você nos disse, esqueçam
SBT, Band, ou qualquer outra empresa de mídia. Seus concorrentes são os
produtores de conteúdo e as empresas de telecom. E ainda continuou: Porque
vocês precisam deles para vender seu conteúdo? Vendam direto. Naquele momento,
tudo nos causava desconforto. "Esse cara é maluco", diziam alguns. A
Globosat voava nessa época batendo recorde atrás de recorde de receita, share e
audiência”...</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 107%;">Pois
é... Depois disso vieram a Netflix, Amazon e cia, e agora, os produtores de
conteúdo: artistas, músicos e... TIMES DE FUTEBOL! Ou vocês acham que </span>Fluminense,
Vasco, Botafogo, Coríntians, São Paulo, Santos vão implorar para a Globo
voltar?<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Pois é exatamente isto o que a GLOBO acha. Diante da ameaça
que representa a FlaTV o que ela fez? Cancelou a transmissão do campeonato
carioca, certamente esperando que a opinião pública se volte contra o
Flamengo... <o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p style="background-color: white;"><font face="arial"> </font></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">Um ledo engano de quem ainda não entendeu que, como dizia a
canção, o futuro já começou! </font></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;"><font face="arial">E a festa é nossa e de quem vier...<o:p></o:p></font></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p style="background-color: white;"><font face="arial"> </font></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p style="background-color: white;"><font face="arial"> </font></o:p></p><br />Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-53859733311003405332020-04-26T12:17:00.000-07:002020-04-26T12:17:09.094-07:00Decisões baseadas em evidências<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"<i>The fact that an opinion has been widely held is no evidence whatever that it is not utterly absurd</i>" (<span style="font-size: x-small;">Bertrand Russel)</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>"A lição sabemos de cor. Agora só nos resta aprender"</i><span style="font-size: x-small;"> (Sol de Primavera - Beto Guedes)</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta semana a Alemanha começou a flexibilizar a quarentena, mas fez isso com base numa análise criteriosa e embasada em dados confiáveis sobre a situação da pandemia em cada região do país. Nada a ver com o que aconteceu nos Estados Unidos ou no Brasil. Nestes países os presidentes deram muitos palpites, mas nenhum deles era embasado na ciência, nos dados e nas evidências. Como disse Bertrando Russel, "O fato de uma opinião ser amplamente divulgada e aceita, <b>não é evidência</b> que ela não seja completamente absurda".</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que vocês poderão constatar <a href="https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52397931" target="_blank">neste vídeo</a> que compartilho aqui, feito por uma jornalista alemã da BBC, é que o sucesso da Alemanha no combate a pandemia deve ser creditado ao que chamamos de "<b>decisões baseadas em evidências</b>", e não nos achismos ou palpites de seus governantes.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52397931" target="_blank"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="743" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoyaCuBCt8iYqfzCE7tFbzcrLnaNS8KhG84M_SrzFAZTBYRGOwhBcnd4OztcxYY7G57tpII-QXFM7VPFmlZufnk4wQXvL6Aiy4b7ajU6GMK6ZNENjZa8f1BNgkRcde-4cjY0PqL58Hddc/s400/v%25C3%25ADdeo+bbc.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Decisões baseadas em evidências é uma metodologia científica que surgiu na área da medicina, mas que rapidamente se espalhou para todas as áreas do conhecimento e que diz que nossas decisões deveriam se basear num pensamento crítico sobre as informações que colhemos e nos melhores dados que consigamos recolher e não em nossas crenças ou mitos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parece óbvio, mas como diria Einstein, "as ideias geniais são óbvias". São ideias que conseguem reunir o conhecimento de uma época de uma maneira simples e objetiva e, quando a ouvimos, dizemos que era óbvio enunciá-las. Só que ninguém tinha feito isto antes... Por isto são geniais. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o que a Alemanha fez foi exatamente isto: reuniu dados e informações precisas sobre a evolução da pandemia, identicando cada bairro ou quarteirão mais infectados, quantos leitos de UTI estavam disponíveis em todo o país através de dados coletados <b>online</b> de <b>TODOS</b> os hospitais do país e do <b>celular de todas as pessoas infectadas</b>! Além disso é o país com a maior taxa de testes por habitante em todo o planeta, o que está permitindo monitorar a disseminação da pandemia com base em dados concretos e atualizados.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em resumo, a Alemanha, ao invés de atacar os cientistas, como fazem Trump e Bolsonaro,reuniu competências para enfrentar a crise e está demonstrando ao mundo como devemos tomar decisões a colocá-las em prática. Não se trata principalmente de dinheiro, mas de mobilizar e colocar a inteligência a serviço da solução de problemas complexos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A lição está aí. Agora só nos resta aprender...</span>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-83291342855289024682020-03-17T09:05:00.000-07:002020-03-17T09:15:03.266-07:00Nada será como antes<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Que notícias me dão dos amigos?</span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #222222;">Que notícias me dão de vocês?</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sei que nada será como antes, amanhã ou depois de amanhã</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">(Nada será como antes, Milton Nascimento e Beto Guedes)</span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">O mundo já viveu guerras e outras crises, mas nenhuma como esta. A crise
de 2008 e o crash da bolsa americana em 1929 afetaram basicamente o setor
financeiro e poucos países. Os reflexos se fizeram sentir em outros países e
setores, mas de forma mitigada e em diferentes momentos do tempo. Outros vírus
se disseminaram pelo mundo, mas de forma menos intensa e rápida e com muito
menos impacto econômico. É a primeira vez que vivemos uma crise global,
com impactos na vida do dia a dia de mais de 6 bilhões de pessoas. E sem escalonamento no tempo. Todos vivenciando a crise no mesmo tempo!</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;"> </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Ainda é cedo para entendermos o que isto vai mudar de forma definitiva
em nossas vidas. O apagão elétrico no Brasil nos ensinou a gastar menos energia
(apagar a luz quando não estamos no local, diminuir o uso do micro ondas...). E
agora?</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Acredito que podemos identificar pelo menos três tendências muito claras:</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">1. Intensificação do digital</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Uma primeira consequência, bem óbvia, é uma aceleração da digitalização
de nossas vidas. Mesmo setores com baixo índice de digitalização, como a
educação, vão dar grandes passos nessa direção.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">2. Volta ao básico</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Outro aprendizado, paradoxalmente, será uma volta ao básico: preparar
sua própria comida, ter uma horta... As pessoas vão ter mais tempo para si
mesmos e sua família, com tudo de bom e ruim que isto traz. Vamos ter que
aprender a usar melhor nosso tempo, fora da roda viva infernal na qual
transformamos nossas vidas. Muitos de nós não sabem mais ficar quietos em casa,
pensar na vida, baixar o ritmo. Vamos ter que aprender...</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAx7CVq_-FDcIjnWFWqk5gJRoUIVOBmo972oV_xosrolTjaVcp9zBHZ85eRJSsdq2nwp9uJz744Ni09VOS0gIvNQbdYTYk4FH2-iV4LcdDHs92LvSjMOvkyschuzC4U22oAxNfDDLeuq4/s1600/O+que+vem+por+ai.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="556" data-original-width="702" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAx7CVq_-FDcIjnWFWqk5gJRoUIVOBmo972oV_xosrolTjaVcp9zBHZ85eRJSsdq2nwp9uJz744Ni09VOS0gIvNQbdYTYk4FH2-iV4LcdDHs92LvSjMOvkyschuzC4U22oAxNfDDLeuq4/s400/O+que+vem+por+ai.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">3. Mudanças na economia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Mas o maior impacto vai ser na economia. A recessão que vem atrás do
vírus é de uma dimensão nunca vista na história da humanidade. Não afetará
alguns países, de forma diferenciada na intensidade e no tempo, como as outras.
Será ao mesmo tempo, em todos os países, e de forma devastadora.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Pensem nas conexões: os bares e restaurantes que estarão fechados
empregam 10% da força de trabalho nos Estados Unidos e são mais de 1 milhão no
Brasil! Sem os clientes pagando, os restaurantes não podem comprar de seus
fornecedores, pagar os alugueis. Os motoristas de Uber vão ter menos trabalho,
o Airbnb vai gerar menos renda para as pessoas, que vão ter menos dinheiro para
consumir... Pior, todos que dependem do seu próprio trabalho: pequenos
negociantes, dentistas, profissionais liberais, vão ter uma queda brutal e
repentina em suas rendas. E tudo isto em escala global!</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">O "mercado" não vai conseguir regular isto! Vai ser preciso
uma forte intervenção do Estado. Mais do que nunca a ideia de uma renda mínima
universal vai ficar clara. Assim como foi feito com os bancos, no passado, os governos
vão ter que ajudar os pequenos comerciantes e os trabalhadores por conta
própria a chegar até o final do mês. As medidas econômicas tradicionais não
serão suficientes, vamos ter que ser criativos. Os antigos modelos vão ter que
ser repensados. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Vão ser momentos intensos, mas acredito que vamos mostrar todo o
potencial de superação de crise que temos. Já fizemos isto antes e vamos fazer
agora. Toda crise é também uma oportunidade. As redes vão nos ajudar a
encontrar e construir novos caminhos. As aulas não vão se limitar ao espaço da
escola, os negócios vão ser reinventados usando as novas tecnologias, e mais do
que nunca vamos entender por que devemos investir em ciência e tecnologia para
preparar não apenas nosso futuro como nosso presente. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Chegou a hora de fazer diferente! Como diria Einstein, "as coisas
não mudam se sempre fazemos o mesmo. A crise traz progresso e a criatividade
nasce da angústia. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as
grandes estratégias". Sem crise não aprendemos, e é na crise que aflora o
que temos de melhor e pior, ajudando a separar o joio do trigo. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;">Nada será como antes. Vamos fazer com que este depois seja muito melhor?</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-45243416101336931232020-03-03T07:31:00.002-08:002020-03-03T07:31:56.725-08:00Como combater o desperdício de comida? Redes!<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pelos cálculos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) anualmente 1,3 milhões de toneladas de produtos alimentícios são desperdiçados em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o IBGE, são descartadas 41 mil toneladas de comidas todos os anos (<a href="https://www.anufoodbrazil.com.br/2019/03/14/150-toneladas-de-alimentos-vao-para-o-lixo-por-dia-segundo-ceagesp/" target="_blank">veja aqui</a>).</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todo mundo sabe que tem um monte de gente (restaurantes, feirantes, produtores) que não sabe o que fazer com a comida que eles consideram inadequada para vender e um monte muito maior de gente que poderia aproveitar esta comida. A grande dificuldade é fazer o casamento entre estas duas pontas, juntar os que querem a comida com os que não sabem o que fazer com ela. </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma empresa nos Estados Unidos resolveu fazer disso um negócio: <a href="https://www.misfitsmarket.com/" target="_blank">Misfits Market</a> (misfits = desajustados, rejeitados). Ela recolhe a comida que os restaurantes, produtores e feirantes acham que não vão conseguir mais vender e vende para quem quer pagar até 40% mais barato. E ainda garante a qualidade: são produtos orgânicos e com pequenos "defeitos" na aparência. </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resolvemos experimentar e estamos encantados (vejam a foto)!</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Vtit4YEZD2h0J4Zu3831NIiF8AYFnwFHQ3c0aO65UsU0G8haTqVuz-R8iLEOe_8psISK2tgy5CyPn14cDfwvR0taSHBtRNAKbG2CBV0Xnc9oxCfnKFs_z6QSYw9oTODKy18w3YYjajk/s1600/comida.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="574" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Vtit4YEZD2h0J4Zu3831NIiF8AYFnwFHQ3c0aO65UsU0G8haTqVuz-R8iLEOe_8psISK2tgy5CyPn14cDfwvR0taSHBtRNAKbG2CBV0Xnc9oxCfnKFs_z6QSYw9oTODKy18w3YYjajk/s320/comida.png" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Toda semana chega esta caixa cheia, com diferentes frutas e legumes, super saborosos. O modelo de negócios da empresa a faz ganhar nas duas pontas: os produtores pagam uma pequena quantia para eles recolherem os produtos que eles não querem mais e os consumidores pagam para receber estes produtos em casa.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim como o UBER, o Airbnb, e tantas outras plataformas de negócio, a Misfits Market usa a ciência das redes para agregar valor para todos: produtores, vendedores e consumidores. Uma nova forma de intermediação onde você não é mais proprietário ou dono dos carros, dos imóveis ou da comida...</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As empresas e gestores tradicionais, públicos ou privados, que ainda não entenderam a nova lógica da economia digital em rede precisam mudar seu <i>mindset</i>, sua forma de pensar e de enxergar a realidade.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<div style="text-align: start;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Se você quer saber mais sobre o assunto, venha conversar com o </span><a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">CRIE</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"> (</span><a href="http://www.crie.ufrj.br/" style="background-color: white; color: #7d7d7d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; text-decoration-line: none; white-space: pre-wrap;" target="_blank">Centro de Referência em Inteligência Empresarial</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">). VIsite nosso site e o site dos dois cursos de Pós Graduação Lato Sensu: o </span><a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" style="background-color: white; color: #7d7d7d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; text-decoration-line: none; white-space: pre-wrap;" target="_blank">MBKM</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"> (</span><a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" style="background-color: white; color: #7d7d7d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; text-decoration-line: none; white-space: pre-wrap;" target="_blank">Master on Business and Knowledge Management</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">), Pós Graduação em Gestão do Conhecimento e o </span><a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" style="background-color: white; color: #7d7d7d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; text-decoration-line: none; white-space: pre-wrap;" target="_blank">WIDA</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"> (</span><a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" style="background-color: white; color: #7d7d7d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; text-decoration-line: none; white-space: pre-wrap;" target="_blank">Web Intelligence and Digital Analytics</a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">), Pós Graduação em Big Data Estratégico. As novas turmas começam dia 14 de março e todos podem assistir a aula inaugural. Para isto devem contactar a Paula Salgado (paula@crie.ufrj.br).</span></div>
<div style="text-align: start;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">Nos vemos por lá!</span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<br />
<span style="background-color: white; color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<br />
<br />
<br />Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-17488121340868794392020-03-02T06:46:00.000-08:002020-03-02T06:50:11.761-08:00Tempo de travessia<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"<i style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Sou hoje o ponto de reunião de uma pequena humanidade só minha." <span style="font-size: x-small;">(Fernando Pessoa)</span></span></i></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></span></i></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">"</span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; text-align: left;">Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver</span></i></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #222222; text-align: left;">Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer</span><br style="background-color: white; color: #222222; text-align: left;" /><span jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #222222; text-align: left;">Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver" </span></i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><i><span jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #222222; text-align: left;">(Travessia - Fernando Brant e Milton Nascimento)</span></i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<i style="background-color: #fafafa; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: left;">
<i style="background-color: #fafafa; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em 1955, quando Einstein morreu, seu cérebro foi dissecado por uma equipe comandada pelo patologista da Universidade de Princeton, Thomas Harvey, para tentar descobrir o que havia de especial no cérebro de um homem que foi considerado um dos gênios do século XX. E o resultado foi decepcionante: o cérebro de Einstein era igual ao nosso...</span></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgPOiF4O8H9L_ynQpnAmP-BOXg5tRdzkdvIx2oXqwbYV6kGn9LV8zQhInCslKQXilN50JA6dNPWxc35bDKn-897SyCzrAPKGcxvXgLUMSh-jsRdYiItIKBz2iQDl1sOX7x1xBrl0-J54/s1600/einstein.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgPOiF4O8H9L_ynQpnAmP-BOXg5tRdzkdvIx2oXqwbYV6kGn9LV8zQhInCslKQXilN50JA6dNPWxc35bDKn-897SyCzrAPKGcxvXgLUMSh-jsRdYiItIKBz2iQDl1sOX7x1xBrl0-J54/s1600/einstein.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39ps8W4TZj9OP3dhylZa30IvyKQetQBmCtq_aMq8mtA2mXzjZ1uFnSK0mpC_X64zEPemAQ1L07u_8RZ10PTjs7w2o-AHodPLHX3MzcqpvEd0MGWKyFDhWrCd7wZfvjvaq23V9u9yc2l8/s1600/cerebro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="181" data-original-width="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39ps8W4TZj9OP3dhylZa30IvyKQetQBmCtq_aMq8mtA2mXzjZ1uFnSK0mpC_X64zEPemAQ1L07u_8RZ10PTjs7w2o-AHodPLHX3MzcqpvEd0MGWKyFDhWrCd7wZfvjvaq23V9u9yc2l8/s1600/cerebro.jpg" /></a></div>
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O cérebro humano tem sido muito estudado e o que as pesquisas estão demonstrando é que ele, mais do que um centro difusor de ideias, é uma esponja que absorve e processa milhões de informações do ambiente onde ele vive. </span></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Durante séculos pensamos nos "gênios" como alguém fora do seu tempo e espaço. Alguém com qualidades únicas, com um contato direto com Deus... Hoje sabemos que os gênios são pessoas fora da curva, mas que construíram sua genialidade imersos em um ambiente que favorecia e estimulava sua criatividade. E que, sobretudo, possuíam uma rede social que permitiu que elaborassem suas ideias revolucionárias.</span></span></span><br />
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em artigo recente, intitulado "<a href="https://www.zocalopublicsquare.org/2020/02/20/albert-einsteins-brain/ideas/essay/" target="_blank">Einstein's genius wasn't in his brain; it was in his friends</a>" (A genialidade de Einstein não estava no seu cérebro, mas nos seus amigos"), o antropólogo social Sal Restivo mostra que os gênios não aparecem aleatoriamente, mas em determinados ambientes chamados <b><i>clusters</i></b>, ou grupamentos sociais. </span></span></span><br />
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa;">O fato de que atores criativos se reúnem em grupo é conhecido de longa data. O que as pesquisas mais recentes em ciência das redes estão mostrando é que grupos criativos aparecem de maneira previsível durante períodos de rápido declínio ou crescimento das civilizações. Também sabemos que novas ideias e tecnologias surgem simultaneamente em lugares diferentes e compartilham semelhanças ligadas ao espírito do seu tempo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa;">Um exemplo disto é a Bossa Nova, que surgiu no Brasil, na década de 60, durante um período de crise. Sem a reunião daquele grupo de artistas que se influenciaram mutuamente, não teriam aparecido gênios como Tom Jobim, Chico Buarque e João Gilberto. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta descoberta sobre o papel dos clusters e dos ambientes criativos no surgimento de ideias inovadoras o no desenvolvimento econômico e social é importante porque nos traz a responsabilidade de pensar em como devemos construir nosso futuro. Se continuássemos presos a ideia de que os gênios surgem aleatoriamente, e graças exclusivamente aos seus dotes pessoais, ficaríamos esperando que eles nascessem e não teríamos nada a fazer a não ser rezar. A ciência está mostrando, ao contrário, que podemos criar ambientes que favoreçam o desenvolvimento. </span></span><br />
<span style="color: #333333; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E foi exatamente pensando em formar pessoas capazes de construir este novo mundo que o <a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">CRIE</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">Centro de Referência em Inteligência Empresarial</a>) organizou dois cursos de Pós Graduação Lato Sensu: o <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" target="_blank">MBKM</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" target="_blank">Master on Business and Knowledge Management</a>), Pós Graduação em Gestão do Conhecimento e o <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" target="_blank">WIDA</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" target="_blank">Web Intelligence and Digital Analytics</a>), Pós Graduação em Big Data Estratégico. As novas turmas começam em março e todos podem assistir a aula inaugural. Para isto devem contactar a Paula Salgado (paula@crie.ufrj.br).</span></span><br />
<span style="color: #333333; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 107%;">O futuro não está escrito nas estrelas. Ele
depende de nós, mas precisamos estar abertos para repensar nossas velhas
crenças, que nos impedem de ver as transformações que estão ocorrendo no mundo.
</span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 107%;">Porque, como diria o poeta, “Há um tempo em que é preciso abandonar as
roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos
caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia”... </span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 107%;">Vamos fazê-la juntos?</span><br />
<span style="color: #333333; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></span><br />
<br /></div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-78669068308963992532020-01-30T06:19:00.002-08:002020-02-03T06:43:10.648-08:00Há ordem no caos?<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"O caos é uma ordem por decifrar..." (José Saramago)</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Há ordem no caos da sociedade digital: quem sabe usar dados, informações e conhecimento toma melhores decisões e obtém melhores resultados.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Até hoje considerávamos que as condições para o sucesso de alguém eram sorte, talento, perseverança e trabalho duro. E, sobretudo, que o sucesso era algo individual. Estas qualidades é que faziam uma pessoa se tornar um grande artista, um excelente vendedor, jogador de futebol ou piloto de aviação.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, por exemplo, o piloto alemão conh<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">ecido como “Barão Vermelho”, se tornou o piloto mais conhecido do mundo pelos seus feitos incríveis durante a primeira guerra mundial: sozinho ele abateu 80 aviões das forças aliadas! Mais impressionante ainda, quase um século depois seus feitos e seu nome continuam fazendo sucesso e sendo lembrados em todo o mundo. E se olharmos sua biografia vamos encontrar todos os atributos listados acima.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span><br />
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Parece que estes atributos são a fórmula para o sucesso... Mas, no entanto, existe René Fonck. Este piloto francês possui todas estas qualidades e ele teve um desempenho muito superior ao Barão Vermelho: sozinho ele abateu 127 aviões alemães!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLC8aqAQWT4c0Os1ii6b4dP-wHU5xtmIL8lArqtoZwSk8NXGOrzVjwtJnYxmr9af3YfdK8-dJB_5h9aEibkrmEfouxXKNYJVJTccqDiuuW3usw8yiDqBMzV1Zp_TFXjqImckxZjudncX8/s1600/barao+vermelho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="164" data-original-width="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLC8aqAQWT4c0Os1ii6b4dP-wHU5xtmIL8lArqtoZwSk8NXGOrzVjwtJnYxmr9af3YfdK8-dJB_5h9aEibkrmEfouxXKNYJVJTccqDiuuW3usw8yiDqBMzV1Zp_TFXjqImckxZjudncX8/s1600/barao+vermelho.jpg" /></a></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
<br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQokyfv3mYnoL8nz6IF5GV4Be-pp9ve69zBhtjbftVrX0t51OWP62YWC0lIoaGophaYuZQXwSpdotfHSfsTBD0UWwukYWTQDFJOFm2ZG8vbkv1jfDWBwNWLGAPby90UeJhNISXIcnI7IQ/s1600/Rene.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="192" data-original-width="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQokyfv3mYnoL8nz6IF5GV4Be-pp9ve69zBhtjbftVrX0t51OWP62YWC0lIoaGophaYuZQXwSpdotfHSfsTBD0UWwukYWTQDFJOFm2ZG8vbkv1jfDWBwNWLGAPby90UeJhNISXIcnI7IQ/s1600/Rene.jpg" /></a></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
Por que o Barão Vermelho é que fez sucesso? Quais são as leis que explicam porque um piloto, um artista ou um candidato conseguem sucesso e outros não, mesmo tendo mais talento, perseverança, sorte e trabalho duro?</div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A ciência das redes, a partir de uma análise cuidadosa dos dados e da topologia das redes está encontrando novas respostas e os padrões invisíveis por detrás dos dados e da estrutura das redes. As redes são decisivas para a economia, a comunicação e o compartilhamento do conhecimento. Na verdade, não se pode entender a vida do século XXI sem compreendê-las e usá-las. E esta ciência já mostrou que o sucesso não é uma questão apenas de um indivíduo e sua performance, mas depende de como as REDES são usadas. O Barão Vermelho soube construir uma rede melhor para divulgar seus feitos e ficou mais famoso, mesmo tendo um desempenho inferior.</div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Precisamos entender que existem padrões e comportamentos perfeitamente previsíveis no meio deste aparente caos e que eles afetam a maneira como todos nós trabalhamos e vivemos.</div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Para formar profissionais que conheçam e saibam agir e atuar na Sociedade do Conhecimento em Rede, o <a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">CRIE</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">Centro de Referência em Inteligência Empresarial</a>) organizou dois cursos de pós-graduação Lato Sensu: o <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" target="_blank">MBKM</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" target="_blank">Master on Business and Knowledge Management</a>) e o <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" target="_blank">WIDA</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" target="_blank">Web Intelligence and Digital Analytics</a>).</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="color: #1d2129;">Para conhecer um pouquinho mais sobre este assunto, venha participar da palestra "Gestão Data-Driven", com os Profs. </span><a class="profileLink" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=588547148&extragetparams=%7B%22__tn__%22%3A%22%2CdK-R-R%22%2C%22eid%22%3A%22ARCSqHRtjRCOTGeNRjPZknZ8jMBiOWKG0cdyzCZE-5x3mxplnibcxDJCDi6-btTCe2qhxkZed3ujrwVK%22%2C%22fref%22%3A%22mentions%22%7D" href="https://www.facebook.com/marcos.cavalcanti?__tn__=%2CdK-R-R&eid=ARCSqHRtjRCOTGeNRjPZknZ8jMBiOWKG0cdyzCZE-5x3mxplnibcxDJCDi6-btTCe2qhxkZed3ujrwVK&fref=mentions" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" title="Marcos Cavalcanti">Marcos Cavalcanti</a><span style="color: #1d2129;">, </span><a class="profileLink" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000110467968&extragetparams=%7B%22__tn__%22%3A%22%2CdK-R-R%22%2C%22eid%22%3A%22ARCBy--w0SEsOs_XsdW-C_K5mq5J1vHRGUwqn6tVSzoFlTAqu-p9sBtDDlgRGWTo9qDylDpsh74353MB%22%2C%22fref%22%3A%22mentions%22%7D" href="https://www.facebook.com/luciana.sodrecosta?__tn__=%2CdK-R-R&eid=ARCBy--w0SEsOs_XsdW-C_K5mq5J1vHRGUwqn6tVSzoFlTAqu-p9sBtDDlgRGWTo9qDylDpsh74353MB&fref=mentions" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" title="Luciana Sodré Costa">Luciana Sodré Costa</a><span style="color: #1d2129;"> e Larriza Thurler, no dia 20/02,, às 12h30, na Fábrica de Startups, no Centro do Rio de Janeiro. A palestra é gratuita, mas para participar você deve se inscrever no site: </span><span style="color: #1c1e21; font-family: inherit; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: inherit; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.crie.ufrj.br/destaque/gestao-data-driven-transforme-dados-em-conhecimento-estrategico/580" target="_blank">http://www.crie.ufrj.br/destaque/gestao-data-driven-transforme-dados-em-conhecimento-estrategico/580</a></span></div>
<div class="" data-block="true" data-editor="c9t35" data-offset-key="53j4-0-0" style="color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="53j4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu vou participar por vídeo conferência. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nos vemos por lá!</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="c9t35" data-offset-key="3dcg1-0-0" style="color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3dcg1-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 14px; position: relative;">
<span style="color: #1d2129;"><br /></span></div>
</div>
</span></div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-12373402964877731972020-01-27T07:11:00.001-08:002020-01-27T07:19:51.785-08:00Que mundo é este?<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As cinco maiores empresas industriais americanas são a Exxon, cujo valor de mercado é de U$ 284 bilhões, Johnson & Johnson (U$ 280 bi), Procter & Gamble (U$ 230 bi), Coca Cola (U$ 213 bi), e Boeing (U$ 174 bi).<br /><br />Semana passada o Google passou a marca de U$ 1 trilhão em valor de mercado! É a terceira empresa no mundo, em toda a história das bolsas de valores, a conseguir isto. As duas primeiras foram a Apple (que hoje vale U$ 1,4 trilhão) e a Microsoft (que hoje vale U$ 1,2 trilhão). </span><br />
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixn9VtrkPuw3wLoCptVe8AXAcMan7A8CIVKViW0WVTvwFx8KMEj8vwFD835aHOYEZaHRv6pw5n8sE0nPIGeSX7VQ0DFK-3OW2jtnX7AzShyphenhypheniRUy2Kz3c3Og-dDE7SRLp5iGpBWXgjHfz8/s1600/Google+1+Trilh%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="524" data-original-width="908" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixn9VtrkPuw3wLoCptVe8AXAcMan7A8CIVKViW0WVTvwFx8KMEj8vwFD835aHOYEZaHRv6pw5n8sE0nPIGeSX7VQ0DFK-3OW2jtnX7AzShyphenhypheniRUy2Kz3c3Og-dDE7SRLp5iGpBWXgjHfz8/s400/Google+1+Trilh%25C3%25A3o.png" width="400" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em resumo, o Google equivale às cinco maiores empresas industriais americanas. Juntas! E vale dez vezes mais do que uma empresa que sempre foi referência e modelo de gestão industrial: a General Electric, que vale U$ 100 bi...</span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para entender este novo mundo e capacitar os profissionais para atuar nele, o <a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">CRIE</a> (<a href="http://www.crie.ufrj.br/" target="_blank">Centro de Referência em Inteligência Empresarial</a>), da COPPE/UFRJ criou dois cursos: O <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/mbkm-360-horas/8" target="_blank">MBKM</a> (Master on Business and Knowledge Management), uma pós-graduação Lato Sensu em Gestão do Conhecimento e Inteligência Empresarial e o <a href="http://www.crie.ufrj.br/cursos/wida/9" target="_blank">WIDA</a> (Web Intelligence and Data Analytics), uma pós-graduação Lato Sensu em Big Data Estratégico. Os dois cursos, pela primeira vez, vão ter aulas conjuntas que se iniciam em março de 2020. </span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para o lançamento dos cursos, o CRIE está promovendo a palestra "<span style="background-color: white; color: #1b1b1b; text-transform: uppercase;">GESTÃO DATA-DRIVEN". A </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">palestra</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> vai acontecer dia 20 de fevereiro, às 12h30, na Fábrica de Startups, no Centro do Rio de Janeiro. A palestra é gratuita, mas as pessoas devem se inscrever no site:</span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-transform: uppercase;"><a href="http://www.crie.ufrj.br/destaque/gestao-data-driven-transforme-dados-em-conhecimento-estrategico/580" target="_blank">http://www.crie.ufrj.br/destaque/gestao-data-driven-transforme-dados-em-conhecimento-estrategico/580</a></span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eu vou participar por vídeo conferência. Nos vemos por lá!</div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-89047663720223283512019-11-07T07:01:00.001-08:002019-11-07T07:07:31.440-08:00O medo de ser livre<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> "O medo de amar é o medo de ser </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">livre </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">para o que der e vier</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">livre para sempre estar </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">onde o justo estiver" (Beto Guedes)</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">" A maior riqueza do homem é sua incompletude" Manoel de Barros</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A maior transformação na minha vida ocorreu, provavelmente, quando eu tinha uns 12 ou 13 anos. Além da transformação no corpo (barba começando a nascer, primeira ejaculação...) eu comecei a perceber que não tinha mais ninguém pra me salvar. Eu tinha que contar comigo mesmo para resolver meus problemas. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Foi assustador. O aconchego do lar, da família, dos colegas do colégio, a crença em Deus (eu estudei num colégio católico) eram um manto protetor que me defendia dos monstros lá de fora. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ao mesmo tempo, e eu demorei a perceber isto, foi libertador. Se era eu que tinha que resolver meus problemas e lamber minhas feridas eu tinha que investir pesado em mim mesmo, estudar, conhecer as coisas e a mim mesmo, ser alguém melhor a cada dia...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Todas estas reminiscências me vieram a cabeça agora que estou pronto para partir para uma nova aventura na minha vida, num país que conheço pouco, estudando assuntos novos, tentando mais uma vez me reinventar. E que c</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">omecei a ler um livro instigante: A sociedade aberta e seus inimigos, de Karl Popper. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Popper foi membro do partido comunista austríaco (eu também fui membro de uma organização de esquerda) e saiu do partido logo que percebeu que a intolerância e o totalitarismo não eram do "partido" ou das pessoas do partido, mas da ideologia que eles defendiam. E ele, que já era um dos maiores cientistas do século XX, passou a questionar duramente a intolerância, dando bases científicas à sua crítica.<br /><br />Para ele " qualquer ideia de utopia é fechada. Sufoca todos que não compartilham desta utopia. A simples ideia de um modelo para a sociedade que não seja aberto e incompleto nos leva para o totalitarismo". </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Brasil está vivendo um momento doloroso de transição para a sociedade do conhecimento imerso em uma polarização entre dois polos totalitários. Famílias e amigos brigaram e se separaram por causa da política. O que pouca gente se dá conta é que nada disto é novo. Durante a segunda metade do século XX muitos intelectuais como Popper e o escritor francês Albert Camus romperam com os partidos comunista e de esquerda por reconhecerem nesta ideologia o DNA do totalitarismo. Não se tratava de um desvio de algumas pessoas, mas de uma visão de mundo fechada, que não tolera o incompleto, a dúvida, o questionamento. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKSqdZ_EeWtAjvlMVN98R4mAwVHNol0BLv1R5jaJvBt40XeIXo-JwFGBttMOoeGfMswx32r54ZKnt5F3mY9NihE3uf6Tm7Hi0MFC1yzdlC7SELAS6MB0Lmc7JFJtpO_9xgu8TjHMqgYs4/s1600/Popper.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="908" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKSqdZ_EeWtAjvlMVN98R4mAwVHNol0BLv1R5jaJvBt40XeIXo-JwFGBttMOoeGfMswx32r54ZKnt5F3mY9NihE3uf6Tm7Hi0MFC1yzdlC7SELAS6MB0Lmc7JFJtpO_9xgu8TjHMqgYs4/s400/Popper.png" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Da mesma forma que os seguidores fanáticos do atual presidente, os seguidores do ex-presidente baniram da sua vida quem pensa diferente deles. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ambos têm medo de serem livres. Só as pessoas realmente livres não seguem nenhum guru nem ideologias. Pensam com suas próprias cabeças. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Claro que isto é assustador e doloroso. Eu vivi isto na minha pré-adolescência. É muito mais confortável ficar protegido pelo manto da família, do partido ou da igreja. Achamos que as certezas trazidas por esta militância nos dá paz e aceitação quando, na realidade, nos traz a paz do cemitério, da vida não vivida, da negação de quem realmente somos. Esquecemos do que nos ensinou Oscar Wilde: "Seja você mesmo, todos os outros já existem"...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Aos que ainda ficam repetindo mantras religiosos ("lula livre", "bolsonaro for ever"...) eu diria: ousem ser livres! Só assim vocês realmente estarão "onde o justo estiver". Quem tem medo de ser livre vai ser sempre uma vaquinha de presépio, dizendo amém para seus gurus.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O futuro do presente não é o passado. A crise que vivemos é a crise que precede o novo, o futuro. Esta divisão entre "esquerda" e "direita" é o passado. Já estamos vivendo num mundo onde estes conceitos não dão conta de explicar a complexidade e a realidade. A ciência já sabe que os momentos mais interessantes para o progresso da humanidade são exatamente estes momentos onde o velho que resiste convive com o novo que emerge. E é nestas horas que mostramos quem realmente somos: pessoas livres ou pessoas presas ao passado e/ou ao dogmatismo. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A escolha é sua. Eu já fiz a minha. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-45849305158528075422019-07-12T01:52:00.000-07:002019-07-12T01:52:15.389-07:00Por uma estratégia nacional de IA (inteligência artificial)<div style="text-align: right;">
"Todos os dias quando acordo</div>
<div style="text-align: right;">
Não tenho mais</div>
<div style="text-align: right;">
O tempo que passou...</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Todos os dias</div>
<div style="text-align: right;">
Antes de dormir</div>
<div style="text-align: right;">
Lembro e esqueço</div>
<div style="text-align: right;">
Como foi o dia</div>
<div style="text-align: right;">
Sempre em frente</div>
<div style="text-align: right;">
Não temos tempo a perder" (Tempo perdido - Legião Urbana)</div>
<br />
<br />
A rede Mc Donalds, só no Brasil, emprega o mesmo número de pessoas que a Shell, no mundo todo. Dentre as várias razões para isto, vale entender uma questão fundamental: não somos mais uma sociedade industrial. Somos uma sociedade de serviços, com uso intensivo de conhecimento: no Brasil, 70% do trabalho está no setor de serviços, contra 20% na indústria e 10% na agricultura. Isto significa que toda aquela propaganda na TV (agro é pop, agro é tudo...) é falsa. Serviço é que é "pop"...<br />
<br />
As coisas estão mudando ainda mais. No século XX vivemos duas transformações importantes. Na primeira metade tivemos a automatização da agricultura e o fenômeno de urbanização: milhões de pessoas deixaram o campo para tentar viver e trabalhar nas cidades. E na segunda metade do século assistimos a automatização das indústrias e o crescimento do desemprego.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGCqY84HxRudBg9JWFDQ5jXMFCECkxeFfcmXEQ032h7XqNmtWJqQcW11lB_zbDsqtVYiUrM7UBCf97FFef9VdRHitDYbOPK-O7MW5nZ-ZAYGVAXh1JtcP1AUlEPnEM9hy9Jc1XLH8-asw/s1600/Screenshot_20190712-103927.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="962" data-original-width="1414" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGCqY84HxRudBg9JWFDQ5jXMFCECkxeFfcmXEQ032h7XqNmtWJqQcW11lB_zbDsqtVYiUrM7UBCf97FFef9VdRHitDYbOPK-O7MW5nZ-ZAYGVAXh1JtcP1AUlEPnEM9hy9Jc1XLH8-asw/s400/Screenshot_20190712-103927.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E agora, no século XXI? Quais são os nossos desafios? Os sinais são claros: depois da automatização do campo e da indústria, chegou a vez dos serviços.<br />
<br />
De fato, a digitalização da economia e o uso intensivo da IA (inteligência artificial) está provocando a automatização de serviços que até hoje empregam grande número de trabalhadores: construção civil, comércio (supermercados, mc donalds...) e serviços de tele atendimento.<br />
<br />
Podemos assistir estas transformações no camarote, deixando o mercado decidir o que fazer. O resultado provável desta política será um grande desemprego e uma enorme tensão social.<br />
<br />
Os principais países do mundo estão adotando outra estratégia: estão se preparando para surfar esta nova onda ao invés de serem engolidos por ela.<br />
<br />
Mais de 20 países, dentre os quais os EUA, França, Canadá, Alemanha, Comunidade Europeia, Japão, China e Rússia definiram uma "estratégia nacional de IA".<br />
<br />
Estas estratégias procuram lidar com os desafios trazidos pela digitalização e adoção em larga escala de IA de uma forma sistêmica, atacando em várias frentes ao mesmo tempo, de forma articulada.<br />
<br />
Um consenso em todos os planos é a ênfase em formar pesquisadores e profissionais de alto nível em IA, mas isto é insuficiente. Precisamos nos preparar em outras áreas. <br />
<br />
Os franceses, por exemplo, definiram um programa para tornar a IA popular. A ideia é que todos os profissionais (médicos, advogados, engenheiros, micro empreendedores) precisam ter noções básicas de IA para serem competitivos e bons profissionais no século XXI.<br />
<br />
Os japoneses estabeleceram cinco frentes de trabalho em seu programa nacional:<br />
1) reforma educacional - para preparar as novas gerações para viver neste novo mundo<br />
2) pesquisa e desenvolvimento - para não ficarem para trás nestas novas tecnologias<br />
3) aplicações práticas de IA - para trazerem a IA para o dia a dia de todos os cidadãos (saúde, mobilidade, agricultura, energia, novos negócios)<br />
4) "trust data" - como assegurar que os dados sejam confiáveis e utilizáveis por todos<br />
5) IA ética e centrada no humano - como garantir que a tecnologia seja usada de forma a garantir a privacidade, segurança, inovação e o bem estar de todos<br />
<br />
Para mim está claro que esta não é apenas uma discussão sobre uma nova tecnologia, mas de uma revolução econômica, política e social. Precisamos criar um novo pacto social (renda mínima universal) e encontrar novos caminhos para a geração e o uso do conhecimento de forma que esta revolução seja mais inclusiva e benéfica para todos e não apenas para alguns.<br />
<br />
Não será fácil nem de uma hora para outra, mas precisamos começar já.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Não temos tempo a perder...</div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-27283118740935994692019-04-20T07:30:00.002-07:002019-04-20T07:30:27.657-07:00Tempo de travessia<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Não é a dúvida, mas a certeza que enlouquece" (“Ecce homo”, Friedrich Nietzsche)</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aprendi cedo duas coisas:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<ol>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">que na vida tem hora pra tudo: hora de plantar e hora de colher; hora de falar e hora de ouvir; tempo para demolir e tempo de construir...</span></li>
<li><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">sempre é tempo de duvidar, de questionar nossas próprias ideias. </span></span></li>
</ol>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Meu avô me dizia que na vida a gente raramente acerta, mas em todas as outras ocasiões a gente aprende... </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na verdade, a vida também me ensinou que só aprende quem está aberto para isto. Muitos preferem ficar presos às suas certezas e quem "se tem certeza" não aprende...</span><div>
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Acho que chegou a hora de virar a página de um tempo de certezas, do “nós contra eles” e da busca de salvadores da pátria. A hora é de construir: o novo, o futuro, o Brasil do século XXI. Só conseguiremos trilhar este caminho com desapego das velhas ideias e das pessoas que insistirão em tentar fazer reviver os velhos fantasmas do passado.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjmoyx6zNhxkxlxqDiUcRY_RtytY0eLlKkDal9z-ljh6VoOVt1yZLGSgnoJOIWH_FfzOepYAB-tQaf0t3YgiSlmvncnlqAEVZfGjrlpNBP8a9iMBzZ82sRoOzqcVwx2augBZp2_7gUCfY/s1600/Einstei.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="399" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjmoyx6zNhxkxlxqDiUcRY_RtytY0eLlKkDal9z-ljh6VoOVt1yZLGSgnoJOIWH_FfzOepYAB-tQaf0t3YgiSlmvncnlqAEVZfGjrlpNBP8a9iMBzZ82sRoOzqcVwx2augBZp2_7gUCfY/s320/Einstei.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Porque, como diria o poeta, “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia”...</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Bora?</div>
</span></div>
</div>
</div>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-831264972492682782018-11-02T08:17:00.002-07:002018-11-02T08:35:08.191-07:00As redes não são só uma nova forma de fazer política, mas de viver...<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente da mesma forma" (Einstein)</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um dos raros consensos nesta eleição foi sobre o papel das redes sociais no resultado final. Se antes das eleições as pessoas apostavam no tempo de TV e nas velhas estruturas partidárias como decisivas para determinarem o resultado, depois delas ficou claro que o Brasil mudou. O vencedor não tinham nem tempo de TV nem partido, mas soube usar as redes sociais...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desde junho de 2013 que estes sinais de mudança na política eram muito claros. Milhões de pessoas foram às ruas sem que nenhum meio de comunicação de massa tivesse sido utilizado e sem que nenhum analista político ou instituto de pesquisa fosse capaz de identificar as movimentações sociais que desembocaram naquelas manifestações gigantescas. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nossos óculos, nosso <i>mind set</i>, nossa maneira de ver o mundo estão viciados. Estamos com os dois pés na sociedade do conhecimento, digital e em rede, mas nossa cabeça continuar funcionando como se vivêssemos no século XX... Num mundo onde as informações chegavam até nós através dos filtros exclusivos dos grandes meios de comunicação de massa, quase sempre controlados por interesses particulares. Onde as novas descobertas científicas demoravam anos para serem incorporadas à enciclopedia Barsa e se popularizarem. Onde tudo dependia do Estado para existir: Educação? a solução é o Estado construir escolas e aumentar o salário dos professores; desemprego? cabia ao Estado promover o seguro desemprego e fazer políticas de geração de emprego....</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nos acostumamos a ouvir, durante quase um século, que a superação dos nosso problemas dependia quase que exclusivamente do Estado. E o resultado foi um Estado inchado, cheio de funcionários, caro e ineficiente.<br /><br />E agora?<br /><br />Na política, as pessoas organizadas em rede estão começando a encontrar novas formas de se organizar, deixando claro que as velhas estruturas partidárias não dão mais conta de expressar a diversidade de opiniões na sociedade. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na economia, as pessoas encontraram novas formas de gerar trabalho e renda, sem depender do Estado: o Uber, o AirBnb e as pessoas vendendo quentinha nas ruas são alguns das dezenas de exemplos de como o empreendedorismo pode existir, desde que o Estado não atrapalhe...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na área social, as pessoas estão aprendendo a se organizar através de financiamentos coletivos (<i>crowd funding</i>), abaixo assinados e, em breve, através do block chain, para garantir que suas iniciativas buscando solidariedade entre as pessoas e suas causas possam ganhar vida e amplitude.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E na produção do conhecimento, as redes viabilizaram não apenas um acesso mais democrático e instantâneo à informação como estão propiciando novas formas de interação entre as pessoas, gerando novas formas de construção coletiva do conhecimento que estão tirando das escolas e universidades a exclusividade neste processo. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Claro que nem tudo são flores... As redes também difundem com mais rapidez as notícias falsas, e podem contribuir para aumentar o controle do Estado sobre nossas vidas. Mas trazem também o antídoto para isto: as próprias pessoas podem desmentir as notícias falsas com mais rapidez e podem também controlar o Estado com mais facilidade. Como tudo na vida, as tecnologias não são boas ou ruins em si mesmas. Dependem do uso que delas fazemos.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em resumo, o que estamos vivendo é uma revolução! Como toda revolução, não acontece do dia para a noite. É um longo processo, cheio de idas e vindas e muito aprendizado. Mas é irreversível! </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKPvenKg-_bqLjaMcUnrJEHEGXTMkgakZVphfO-949bnzB4L32Wff9Rsz1AacofTTa5tBDwmBsPWhdHrVTBs4jsDEBig0TUtjkx-22BNh2ecf0bqMpa037Ekah5oXClicesrW5ywcvXiU/s1600/header.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="713" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKPvenKg-_bqLjaMcUnrJEHEGXTMkgakZVphfO-949bnzB4L32Wff9Rsz1AacofTTa5tBDwmBsPWhdHrVTBs4jsDEBig0TUtjkx-22BNh2ecf0bqMpa037Ekah5oXClicesrW5ywcvXiU/s640/header.png" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Para entender e participar desta revolução o</span><a href="http://www.crie.ufrj.br/" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" target="_blank"> Crie</a><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"> (</span><a href="http://www.crie.ufrj.br/" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" target="_blank">Centro de Referência em Inteligência Empresarial</a><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">) promove dois eventos esta semana: o V Seminário Big Data Brasil e o II Simpósio Internacional Network Science.</span><br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Seminário Big Data Brasil é promovido em parceria com o ODI Rio (<a href="https://theodi.org/" target="_blank">capítulo local da rede mundial do Open Data Institute de Londres</a>) e com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O II Simpósio Internacional Network Science é organizado com apoio do LerHuD – Laboratório em Rede de Humanidades Digitais do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento e Instituto de Educação e Pesquisa do Ministério Público do Rio de Janeiro (IEP-MPRJ).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nestes eventos você vai poder conversar com algumas das pessoas que estão não apenas discutindo e pensando, mas fazendo as coisas acontecer nestas áreas. Os eventos são gratuitos, mas você precisa se inscrever.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">V Seminári</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">o Big Data Brasil e II Simpósio Internacional Network Science</span></b><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Dias: 6, 7 e 8 de novembro<br />Local: Auditório do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro)<br />Av. Marechal Camara, 370 9º andar - Centro – RJ</b></span></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para saber mais e se inscrever:</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /><a data-ft="{"tn":"-U"}" data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fbit.ly%2Fbigdatabrasil%3Ffbclid%3DIwAR2fAAAgFge5YUK6LV-zBNvSB1wljIJHKwlKfNLCuj_1j9SZRfGTbEmP5ts&h=AT2LccoR7uXwl2rAcriRxC9_C_B9N6x9fE69y9q6hMKUgcrTN1fhGirNzPKWk44RdYnAv1g9zsq7yvAG9YNC16c09yS9LVYQ9JqArDlOlLirGJhjbWQybCcIJq6VDPEpkqd36pytLU32vWxrpyo" href="https://bit.ly/bigdatabrasil?fbclid=IwAR2fAAAgFge5YUK6LV-zBNvSB1wljIJHKwlKfNLCuj_1j9SZRfGTbEmP5ts" rel="noopener nofollow" style="background-color: white; color: #365899; cursor: pointer; font-size: 14px; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://bit.ly/bigdatabrasil</a><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;" /><a data-ft="{"tn":"-U"}" data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fnetworkscience.com.br%2F%3Ffbclid%3DIwAR0n6Q7qrHd3j3ja0Np4s0qPco18b1IKNFDMEn9Fh3zhykSmhx63N_6a3Ys&h=AT2Hl5WjeEOMqijqUBIq60hm35wN3PElgVYDkTUceGpHYDbi3Yd2Xz6Ak-ki1PlWRzH5y48jL4wxUcbTuADeqImGfKrVggf7v1Rmr66TPy7xhwcEqxazQNUaXhHGwphW-Fc4_RtgTbLatTk8Dsg" href="http://networkscience.com.br/?fbclid=IwAR0n6Q7qrHd3j3ja0Np4s0qPco18b1IKNFDMEn9Fh3zhykSmhx63N_6a3Ys" rel="noopener nofollow" style="background-color: white; color: #365899; cursor: pointer; font-size: 14px; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://networkscience.com.br/</a><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;"> </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;">e nas redes sociais:</span><a data-ft="{"tn":"-U"}" href="https://www.facebook.com/sinetworkscience" style="background-color: white; color: #365899; cursor: pointer; font-size: 14px; text-decoration-line: none;">https://www.facebook.com/sinetworkscience</a></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> e twitter - @Isins2018<br /><br />Vamos nessa? Um outro mundo e um outro país é possível. Só depende de nossa participação, não para continuar fazendo o que sempre fizemos, mas para fazermos diferente. Afinal, como nos lembra o Eistein, loucura seria querermos mudar fazendo tudo exatamente como sempre fizemos...</span></span><br />
<br />
<br />Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-54918918532819953032018-08-30T13:40:00.000-07:002018-08-31T04:48:59.338-07:00Os extrovertidos que me perdoem...<br />
<div style="background: white; border-bottom: solid #FF8420 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid #FF8420 .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background: white; border: none; line-height: 12.95pt; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">"</span></span><span style="background-color: #fafafa; color: #333333; font-family: Helvetica, sans-serif;">Perdoa-me, folha seca, </span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #333333; font-family: Helvetica, sans-serif; line-height: 107%;">
<span style="background: #FAFAFA;">não posso cuidar de ti.</span><br style="box-sizing: border-box;" />
<span style="background: #FAFAFA;">Vim para amar neste mundo, </span><br style="box-sizing: border-box;" />
<span style="background: #FAFAFA;">e até do amor me perdi.</span><br style="box-sizing: border-box;" />
<span style="background: #FAFAFA;">De que serviu tecer flores</span><br style="box-sizing: border-box;" />
<span style="background: #FAFAFA;">pelas areias do chão </span><br style="box-sizing: border-box;" />
<span style="background: #FAFAFA;">se havia gente dormindo </span></span><o:p></o:p></span></div>
<span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; font-family: Helvetica, sans-serif;">sobre o próprio coração?</span>"</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> </span></span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">(Canção de Outono - Cecília Meirelles)</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;">Empresas
jornalísticas, de marketing, </span><span style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;">"fábricas" de software </span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;">e outras que demandam criatividade de
seus funcionários funcionam de forma irritantemente igual: espaços</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;">,</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small;"> abertos, sem
paredes, onde todos seus funcionários podem se ver, conversar e interagir.
Desde o início deste século este foi considerado o "ambiente ideal" para elas
trabalharem. Nunca me vi trabalhando de forma eficiente num ambiente destes,
mas como ninguém questionava esta unanimidade e eu sempre tive minha sala
individual na Universidade, deixei este assunto para lá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">Até que recentemente caiu nas minhas mãos um estudo chamado </span><span style="color: #eb8650; font-family: "arial" , sans-serif;"><a href="https://web.archive.org/web/20140110030352/http:/dwp.bigplanet.com/pdkconsulting/nss-folder/pdfdownloads1/Why_Measure%20_DeMarco3.20.01.pdf" target="_blank"><span style="color: #eb8650; text-decoration: none;">"Coding War Games</span></a></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">" (clique no </span><span style="color: #eb8650; font-family: "arial" , sans-serif;"><a href="https://web.archive.org/web/20140110030352/http:/dwp.bigplanet.com/pdkconsulting/nss-folder/pdfdownloads1/Why_Measure%20_DeMarco3.20.01.pdf" target="_blank"><span style="color: #eb8650; text-decoration: none;">link</span></a></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> para acessar o estudo), de Tom Demarco e Timothy Lister.
Neste estudo eles avaliaram a performance de 600 programadores de mais de 90 companhias de informática. E constataram uma diferença significativa entre os
profissionais: o desempenho do melhor superou o do pior em dez vezes. E, mais
interessante ainda, as razões que normalmente são atribuídas àqueles de melhor
desempenho, como experiência, salário, tempo dedicado à tarefa, não explicavam
o fenômeno.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Demarco e Lister perceberam que os melhores programadores tendiam a
trabalhar em algumas empresas. Aprofundando sua investigação, descobriram que o
segredo era a privacidade: 62% dos que se saíram bem disseram que seu lugar de
trabalho oferecia um ambiente reservado onde podiam se concentrar, contra
apenas 19% dos que tiveram pior performance.<br />
<br />
Temos então um aparente paradoxo: as pessoas trabalham melhor sozinhas, mas a
construção do conhecimento é um processo eminentemente coletivo. E aí?<br /><br /><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOqNLRqveWkbxH4A7PGT9g9VWBN9fxDaLKroaXnCcP6iC-DFQLU2vnn_6TZXo53eyztDucY-4vLEa-7yZBf5cbHXP6p_OQGfLEm4Y4HUepotpJ_qZXWtT3lRIJOrAwR-jn4WFWGoDhV1I/s1600/extrovertidos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-small;"><img border="0" data-original-height="176" data-original-width="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOqNLRqveWkbxH4A7PGT9g9VWBN9fxDaLKroaXnCcP6iC-DFQLU2vnn_6TZXo53eyztDucY-4vLEa-7yZBf5cbHXP6p_OQGfLEm4Y4HUepotpJ_qZXWtT3lRIJOrAwR-jn4WFWGoDhV1I/s1600/extrovertidos.png" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">O cientista cognitivo </span><span style="color: #eb8650; font-family: "arial" , sans-serif;"><a href="https://web.archive.org/web/20140110030352/http:/www-personal.umich.edu/~smeyer/demeyer/" target="_blank"><span style="color: #eb8650; text-decoration: none;">David E. Meyer</span></a></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">, diretor do Laboratório de cérebro, cognição e
ação da Universidade de Michigan, nos dá uma pista. Segundo ele, "Quando
se trata de qualquer operação não corriqueira, executar diversas tarefas ao
mesmo tempo nos desconcentra, aumentando a chance de erro". Ou seja, a
solução de problemas complexos exige concentração total. Na preparação deste
trabalho, no entanto, quanto mais interagirmos com outras pessoas (de
preferência com culturas e conhecimentos diferentes), mais estaremos criando as
bases para um bom trabalho.<br /><br /><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Não se trata de
colocar uma coisa contra a outra. Precisamos das duas coisas: interação, troca,
compartilhamento, mas também introversão, reflexão, introspecção. E temos que
construir espaços e criar momentos onde estas duas situações possam acontecer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Numa sociedade que
valoriza cada vez mais a extroversão e a interação entre as pessoas, vale a
pena parar para repensar nossos espaços de trabalho. Parafraseando Vinicius de
Moraes, os extrovertidos que me perdoem, mas a introversão (também) é
fundamental!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-48779493943657077672018-06-25T19:14:00.001-07:002018-06-26T04:29:47.763-07:00As certezas, os gurus e a loucura<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"O que nos enlouquece não são as dúvidas, mas as certezas"... </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">(Luiz Alberto Py - psicanalista)</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"A maior riqueza do homem é sua incompletude" </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">(Manoel de Barros - poeta)</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tenho uma péssima lembrança da minha primeira professora no colégio, Dona Marlene. Eu sou canhoto e era muito tímido e ela me fazia ir ao quadro, quase todos os dias, me obrigando a escrever com a mão direita, na frente de todo mundo. Era um desastre... </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas eu não me dobrei. Continuei escrevendo com a mão esquerda e desde então fiz um pacto comigo mesmo de nunca ser o que os outros queriam que eu fosse. Eu procuraria ser eu mesmo, ainda que isto me colocasse contra a maioria. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se por um lado isto sempre me ajudou a ter auto confiança, por outro me fez sempre achar que eu estava "incompleto", afinal se todos conseguiam escrever com a mão direita eu também deveria conseguir... Bem mais tarde é que eu fui perceber que, como diria o poeta, a nossa maior riqueza é nossa incompletude...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quando nos achamos "completos" nos acomodamos, ficamos cheios de certezas, nos tornamos arrogantes e paramos de aprender. E a falta de curiosidade sobre a vida é a morte de um ser humano. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGharYQtXxHoiRF8QO5DUh4U6Yi7V46pVAM2P5ss_7hCd4oni8LMxc0MPy3nA7XeVKcx6vbbfbXDQfAL3lQbk6WCnLQ8NNiuumiTrHxPS3xEzv7fpjzmeRDOLA8Ponqd-QVgwhG44nWNU/s1600/Luiz+Py.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="318" data-original-width="707" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGharYQtXxHoiRF8QO5DUh4U6Yi7V46pVAM2P5ss_7hCd4oni8LMxc0MPy3nA7XeVKcx6vbbfbXDQfAL3lQbk6WCnLQ8NNiuumiTrHxPS3xEzv7fpjzmeRDOLA8Ponqd-QVgwhG44nWNU/s640/Luiz+Py.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não admira, portanto, que um dos temas mais bem estudados pela psicanálise seja de como as certezas privam as pessoas de sua lucidez. Ao acreditarem cegamente em suas verdades, as pessoas se fecham para o outro, para as outras visões de mundo e se desconectam perigosamente da realidade. Como nos lembra o psicanalista Luiz Alberto Py, </span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"Penso que sempre vale a pena valorizar o conhecimento dos fatos reais e entender a diferença entre uma constatação da realidade e uma mera opinião. É importante perceber com clareza a existência das armadilhas emocionais que, na nossa ambiciosa busca de certezas, nos levam a acreditar em ilusões como se fossem verdades inquestionáveis. Somente assim se torna possível evoluir na procura do conhecimento e também no aprimoramento da saúde mental".</span></blockquote>
<span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-rendering: optimizeLegibility;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Algumas pessoas não compreendem como muitos intelectuais persistem numa defesa cega de um ex-presidente da república condenado por corrupção. Muitas são as causas e os motivos desta idolatria, mas acredito que uma das razões principais é uma visão de mundo onde a dúvida é vista como sinal de fraqueza e as pessoas são julgadas pelo sua filiação à causa: se é do nosso partido é uma pessoa "perfeita", do bem, se não é do nosso grupo é uma pessoa do mal... Esta visão binária da mundo, que divide o mundo entre nós e eles, entre direita e esquerda é um dos principais entraves para o Brasil avançar rumo ao séulo XXI. Precisamos superá-la e uma das formas de se fazer isto (e cuidar da sua saúde mental) é se abrir para dúvida, para o outro.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-rendering: optimizeLegibility;"><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-rendering: optimizeLegibility;" /></span><span style="background-color: #fafafa; font-size: 20px;"><b>Tempo de travessia</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; font-size: 20px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; font-size: 20px;">Parafraseando o poeta português Fernando Teixeira de Andrade, diria que vivemos um<i> tempo em que precisamos abandonar nossas velhas certezas e nossas roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer aqueles caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. <b>É o tempo da travessia</b>: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos e a um passo da loucura.</i></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa; font-size: 20px;"><i><br /></i></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #fafafa;">Afinal, o que nos enlouquece não são as dúvidas, mas as certezas...</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%;">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span>Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3987954664002710824.post-80170640384130327672018-05-23T07:26:00.002-07:002018-05-23T07:41:26.000-07:00Facebook e fact checkers, os novos "certificadores da verdade"?<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Il est interdit d´interdire</b> <span style="font-size: x-small;">(pichação de rua em maio de 68, na França)</span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>É proibido proibir</b> <span style="font-size: x-small;">(Caetano Veloso)</span></span></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No dia 10 de abril de 1984 eu estava na Candelária. Em plena ditadura do presidente "prendo e arrebento" João Figueiredo, eu e mais de um milhão de pessoas estávamos nas ruas para pedir "Diretas Já"! Na mesma noite o jornal nacional, na TV Globo, não falou nada do comício. Só uma imagem dizendo que o "trânsito estava confuso no centro do Rio"... </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nesta época, o que não saia no jornal Nacional ninguém sabia que tinha acontecido. A mídia era controlada pela censura e vivíamos um momento de monopólio da informação pela "grande imprensa"... As outras fontes de produção e distribuição da informação eram os sindicatos e organizações como UNE e partidos políticos. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Bem antes disso, <span style="background-color: white;">na idade média, bem menos gente tinha acesso a informação. Os textos eram manuscritos e poucas pessoas sabiam ler. A Bíblia era lida, interpretada e sua mensagem transmitida pelos membros da igreja. Quem tinha outra visão dos fatos era simplesmente excluído do convívio social, como Giordano Bruno e Galileu. Para a igreja, o que eles diziam era "fake news"...<br /><br />Com a invenção da prensa e, posteriormente, com a massificação da alfabetização, as pessoas passaram a ter contato direto com o texto escrito e a leitura e interpretação da Bíblia foi desintermediada. Para desespero dos religiosos que controlavam a produção e disseminação do conteúdo. Os novos "donos da verdade" passaram a ser a grande imprensa, sindicatos e partidos políticos.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A internet e as redes sociais chegaram para bagunçar este coreto... <span style="background-color: white;">Elas provocaram um "descontrole" da produção e distribuição das notícias e os antigos controladores da informação se sentem incomodados. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">A questão agora são as notícias falsas ("fake news") nas redes s</span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ociais, seus efeitos negativos e como combatê-las. O problema é real e cabem muitas discussões para diagnosticá-lo assim como podem existir muitas ideias para contorná-lo. A ideia do Facebook foi contratar agências de notícias, que eles chamam de "fact checkers" (verificadores dos fatos), que vão certificar se uma determinada notícia é falsa ou verdadeira e, dependendo desta avaliação, impedir ou não que ela circule nas redes. </span></span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É a clássica solução de se tirar o sofá da sala para impedir a filha de namorar ou de matar o mensageiro que nos traz notícias ruins para tentar impedir que elas circulem...</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em primeiro lugar porque as "fake news" existem desde que o mundo é mundo. E a melhor forma de combater os boatos e notícias falsas é aumentar a descentralização da produção e distribuição da informação e não tentar controlar, centralizar e censurar. Os cientistas de dados e de redes já sabem que a melhor maneira de se combater um vírus na internet não é de centralizar a rede e criar "nós de controle", mas ao contrário, de deixar a rede livre e identificar os "hubs", nós centrais, que disseminam os vírus. Ao invés de contratar "fact checkers" para controlar a produção e disseminação de conteúdo, o facebook deveria é rastrear continuamente os "hubs" que disseminam notícias falsas. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">Em segundo lugar, porque a </span><span style="background-color: white; color: #1d2129;">história está repleta de exemplos de que esta ideia de delegar a alguém o papel de "certificador da verdade" não dá certo, mesmo que você tenha, como no caso da igreja, o aval de Deus... E o argumento de que os "fact checkers" não vão censurar ou avaliar opiniões, mas "fatos" não se sustenta. <br /><br />Vamos a um caso concreto: No dia 31 de agosto de 2016 o</span><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;"> plenário do Senado, presidido pelo</span><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;"> presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a</span><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;">provou , por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff.</span><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;"> Um fato. No entanto, algumas pessoas acharam que isto foi um "golpe" e disseminaram repetida e incansavelmente esta informação nas redes sociais. O que deveriam fazer as agências "certificadoras da verdade"? Bloquear a disseminação desta "fake news"? </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;">Ah, mas o caso da Marielle foi um absurdo! Falaram um monte de mentiras sobre ela! Verdade. As redes difundiram muitas mentiras sobre ela, sobre o Chico Buarque e outras pessoas. Qual o caminho nestes casos? Processar todos que publicaram ou disseminaram estas mentiras. Foi o que fez o Chico (com sucesso) e o que está fazendo a irmã da vereadora. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; letter-spacing: -0.3024px;">O Facebook, se estivesse realmente interessado em restringir as notícias falsas, deveria era ajudar as vítimas a encontrar e processar todos os que contribuíram para a disseminação das calúnias e não tentar censurar a produção e disseminação de conteúdo. Porque é disso que se trata. Sob a capa de "combate às notícias falsas" o Facebook e estas agências passaram a controlar a produção e disseminação de conteúdo nas redes. Eles pretendem ser os "certificadores da verdade". </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #1d2129;"><br /></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbimnd8gsm2KtxWU3Odj0HnxKOMd54bvMwjKODeQCNr4whDSyWjMkhd1CEN9FiKw3BXHOG6zVCLAfzhd3HW8Fo6vUMkHvNnKLrTI2gcz7Xv3zR2Co9OtKeiALkwA4NYF4ck-5yCXBr00w/s1600/proibido+proibir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="194" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbimnd8gsm2KtxWU3Odj0HnxKOMd54bvMwjKODeQCNr4whDSyWjMkhd1CEN9FiKw3BXHOG6zVCLAfzhd3HW8Fo6vUMkHvNnKLrTI2gcz7Xv3zR2Co9OtKeiALkwA4NYF4ck-5yCXBr00w/s200/proibido+proibir.jpg" width="149" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>É proibido proibir</b><br /><br />A iniciativa do Facebook em parceria com estas agências é uma ameaça à liberdade de expressão. As pessoas de má fé que querem, deliberadamente, publicar e compartilhar mentiras, continuarão fazendo isto, com ou sem "Fact checkers". E vão encontrar novas formas de fazer suas mensagens driblarem os novos algoritmos e atingirem muita gente. Ou vocês acham que serão alguns jornalistas que vão analisar todo o conteúdo que será publicado durante as eleições e ir checando, uma a uma, as notícias e apurando sua veracidade? Quem vai fazer este trabalho de "certificação de autenticidade" serão algoritmos e pra cada algoritmo que o Face e as agências desenvolver vai ter um outro desenvolvido para quem quer disseminar notícias falsas.<br /><br />As outras pessoas, que muitas vezes de boa fé compartilham notícias falsas pelas redes sociais, vão ter que ser "alfabetizadas" nesta nova realidade. Durante décadas fomos acostumados a consumir, sem nenhum distanciamento crítico, toda informação que nos chegava. Precisamos de um tempo para aprender a nos relacionar com as notícias que passaram a chegar por outras vias. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em qualquer situação a pior maneira de combater as notícias falsas é controlando a produção e disseminação de conteúdo. Isto é o que desejam Facebook, Google e cia. Eles pretendem ser os novos controladores da informação no mundo. Eu arriscaria dizer, inclusive, que a CIA consulta o Google antes de qualquer ação que ela pretenda fazer... </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E isto é MUITO grave.</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Estamos dando a empresas privadas, sem nenhum controle da sociedade o poder de decidir o que é verdade ou não, o que deve ser disseminado ou não. Que estas empresas queiram ser a novas donas do mundo é um direito delas. Cabe à sociedade impedir que isto aconteça. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mais do que nunca é hora de dizer: é proibido proibir!</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
Marcos Cavalcantihttp://www.blogger.com/profile/15836052828732275172noreply@blogger.com0