quinta-feira, 28 de julho de 2016

Derrotar o medo pra fazer renascer a esperança


"A esperança é a última a morrer". Diz-se. Mas não é verdade. A esperança não morre por si mesma. A esperança é morta. Não é um assassinato espetacular, não sai nos jornais. É um processo lento e silencioso que faz esmorecer os corações, envelhecer os olhos dos meninos e nos ensina a perder crença no futuro". 

Mia Couto




Os brasileiros estão deixando o país.

Alguns fisicamente. Segundo a Receita Federal, o êxodo de brasileiros aumentou 67% no último ano (veja a notícia). Mas a maioria de nós está abandonando o país de outra forma. Estamos sem esperança. E com medo. Esta morte lenta da esperança é o resultado de uma estratégia pensada e deliberada, que tenta nos fazer crer que não podemos mudar, porque se mudarmos será para pior...

É a estratégia do medo.

E a estratégia do medo mata a esperança. E ao acabarem com nossa esperança estão destruindo nosso futuro. Muitos de nós estamos indignados com a situação do país. Nossa indignação, no entanto, é menor que o medo. "Sem darmos conta fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões de ética são esquecidas, porque está provada a barbaridade dos outros e, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade".

Não estamos em guerra. Devemos, mais do que nunca, ser éticos e defendermos nossas ideias. Sem medo.



O futuro não vai cair do céu nem será o resultado da ação de meia dúzia de iluminados. Ele será construído por cada um de nós. Por todos nós. 

Precisamos derrotar o medo pra fazer renascer a esperança. E a esperança, como nos ensinou o genial Henfil, somos nós!


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