terça-feira, 13 de março de 2018

A banana e o trabalho no século XXI


Agro é tudo?
Não, o conhecimento é tudo!


A banana quase desapareceu, na década de noventa, por causa de uma praga chamada sigatoka. A Embrapa desenvolveu uma nova espécie de banana, a banana princesa, que é resistente à praga e aumentou a produtividade em mais de 30%. A Embrapa não é uma empresa "agrícola". Ela é uma empresa de conhecimento e sem ela talvez Brasil estivesse hoje importando bananas...

Este início do século XXI é caracterizado por um aumento vertiginoso do número e da importância dos trabalhadores do conhecimento, em detrimento dos trabalhadores industriais e agrícolas. Segundo estudo feito pela McKinsey, nos últimos 100 anos a queda no número de trabalhadores agrícolas foi de 55,9% e de trabalhadores industriais 3,6% e foram os setores que mais perderam postos de trabalhadores. A expectativa é que nos próximos anos os trabalhadores do conhecimento, que já são a maioria, cheguem a mais de 90% da força de trabalho no mundo. 


Claro que a divisão deste trabalho é extremamente desigual. Se nada for feito, países como Brasil, China, Rússia e Índia ficariam responsáveis pelo trabalho "sujo" e de menor valor agregado (na indústria e na agricultura), deixando os postos que demandam trabalhadores mais qualificados para países mais desenvolvidos. O resultado é o que já estamos vendo: uma fuga de cérebros destes países em direção ao "primeiro mundo". 

Mas Brasil pode virar este jogo. Tem inteligência e competência em áreas como agricultura (a Embrapa é um exemplo), indústrias de ponta (como aviação, biotecnologia e tecnologia da informação), tecnologia para tirar petróleo em águas profundas (desenvolvida pela Coppe e a Petrobras) e serviços (como a indústria cultural e de entretenimento). Temos a maior eleição informatizada do planeta, o sistema financeiro com a melhor tecnologia da informação, uma entrega de declaração de imposto de renda totalmente informatizada (somos o único país onde isto acontece), o único país com carros com tecnologia flex (biocombustível, gasolina e gás) e uma empresa de aviação que concorre com o mundo todo como a Embraer. 

O que precisamos é de uma estratégia de desenvolvimento que nos coloque no século XXI e não a que adotamos, de fazer mais do mesmo. A hora é de virar o jogo em direção à sociedade do conhecimento.

Para preparar os profissionais deste novo tempo o Crie está lançando a 30a turma do MBKM (Master on Business and Knowledge Management), a pós-graduação lato sensu em Gestão do conhecimento e inteligência empresarial da Coppe/UFRJ. As aulas acontecem no fim de semana no centro da cidade e as pessoas interessadas poderão assistir a aula inaugural neste sábado, dia 17 de março. 

Maiores informações emhttp://bit.ly/1SuRgMV

Nos vemos por lá!

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